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REVISTA TRIPLOV
de Artes, Religiões e Ciências
Nova Série | 2010 | Número 04
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1. Gaia na gândara
O mais antigo livro de Carlos de Oliveira, Turismo,
publicado na origem em 1942, começa com o grupo de seis poemas "Infância", o
primeiro dos quais traz "Terra" por título. Utilizo nesta comunicação o
volume das Obras, publicado em 1992 pela Caminho. É necessária esta
informação porque o autor, ao decantar obsessivamente os textos, suprimiu
sequências frásicas e versos. Não raro transmuta longos poemas em menos que
haikus. Assim, na versão final, "Terra" apresenta uma única frase, quebrada
em três versos, num total de nove sílabas: Terra / sem uma gota/ de céu.
Os poemas de "Infância" são seis, e Turismo é um livro
constituído por apenas três grupos de poemas: "Infância", "Amazónia" e "Gândara".
Ao referir tanto algarismo, estou a chamar a atenção para a circunstância de
a obra de Carlos de Oliveira exibir com frequência uma simbologia de cariz
maçónico, ora expressa na numerologia ora na alquimia. O Aprendiz de
Feiticeiro, por exemplo, é um dos seus títulos. Quanto à simbologia
maçónica, é obsessivo o uso do três, dir-se-ia mesmo que esse é o único
número que o poeta conhece. Alguns exemplos, coligidos só no grupo "Cristal
em Sória", parte do livro Entre duas Memórias: "a terceira luz" que o anjo
camponês planta como uma árvore; (p. 330), "a terceira mulher" que sustém no
ar o desenho da casa (p. 339); as "três sílabas fulgentes" que o poeta
escolhe e se tornam "três ímanes" (p. 343). |
DIRECÇÃO |
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Maria Estela Guedes |
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MARIA ESTELA GUEDES
Céu e terra na poesia de
Carlos de Oliveira |
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IX Colóquio Internacional «Discursos e Práticas Alquímicas»
Centro Cultural Gonçalves Sapinho .
Benedita, 29-30 de Maio de 2010 |
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"Cristal em Sória", ao evocar o poeta António Machado
e o rio Douro em Espanha, representa uma das raras excepções ao facto de
o espaço geográfico privilegiado de Carlos de Oliveira ser a gândara.
Voltemos entretanto ao livro inicial, Turismo: se o
primeiro poema de "Infância" nos diz que a terra não tem uma gota de
céu, o sexto e último apresenta o "Céu/ sem uma gota / de terra".
Pelo meio, no poema III vemos o sol transmutado em
oiro, e outras transformações ocorrem, como a dos seres terrestres, que
se tornam aéreos e ganham asas, caso das árvores.
O segundo bloco de poemas de Turismo é "Amazónia".
Esta notação volta a transgredir a norma de que a terra inspiradora,
matricial, é a gândara. Como já foi observado por autores vários, mais
fundamente por Vital Moreira, toda a obra de Carlos de Oliveira,
ficcional e poética, tem por lugar geográfico a região gandaresa.
Enunciemos, e por ordem de primeira edição, pois Carlos de Oliveira foi
autor de poucos livros: Trabalho Poético é o conjunto das suas obras em
verso; O Aprendiz de Feiticeiro reúne ensaios; e depois temos os
romances: Casa na Duna, Pequenos Burgueses, Uma Abelha na Chuva e
Finisterra - Paisagem e Povoamento. Salvo então referências mais ou
menos ocasionais a outras terras, as obras de Carlos de Oliveira
apresentam como espaço geográfico e como personagens de eleição a
gândara e os seus habitantes.
O poema sobre a Amazónia, remetida para a infância,
merece esclarecimento. Carlos de Oliveira nasceu em Belém do Pará, na
Amazónia, em 1921. Essa seria em princípio a sua terra natal, mas
regressou do Brasil aos dois anos de idade, para os pais fixarem
residência na zona da gândara, essa faixa costeira de dunas
entrecortadas por lagoas, povoada por pinhais e vegetação rasteira,
plana e pobre, que vai mais ou menos desde Coimbra até à Ria de Aveiro.
Foi em Febres, povoação próxima de Cantanhede, que o pai se fixou como
médico. Carlos de Oliveira licenciou-se pela Universidade de Coimbra,
por isso é à sua infância e juventude que pertence a matriz cultural
gandaresa. Tendo passado em Lisboa o resto da vida, ligado às tertúlias
literárias do Saldanha, e muito em especial à do Toni dos Bifes, na Av.
Praia da Vitória, onde morava, causa alguma perplexidade que a presença
da capital na sua obra seja fraca ou nula.
Como observa Vital Moreira, a presença da gândara não
se pode explicar por simples constante geográfica, é muito mais do que
isso: ela é a pátria mental, afectiva, social, e mesmo ideológica do
poeta. Quando se trata de minimamente intervir na situação política, de
acordo com algumas traves-mestras do neo-realismo, a problemática social
que traz à superfície, mediante a criação de personagens, é a relação de
poder entre camponeses e senhores da gândara.
"Gândara" é um título que já aparece nesse livro de
estreia, Turismo. A descrição do lugar é decantada, precisa e funerária.
Mais do que funerária, faz renascer a vida no atanor do aprendiz de
feiticeiro. São seis versos apenas, três em cada estrofe:
Cinza,
os sinos dobrados
já pela tarde fria.
Porque arde em mim ainda,
de mágoa e bronze,
o sol do dia?
O aspecto mais original da visão da terra, no
Trabalho Poético, fica patente sobretudo em Descida aos Infernos, e mais
tarde em Micropaisagem, ao tornar-se evidente o cariz geo-mítico de uma
terra que merece o nome de Gaia, por se harmonizar com a visão do
planeta que vieram a fundar Lynn Margulis e James Lovelock, a partir dos
anos sessenta do passado século, na já bem conhecida teoria de Gaia. |
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2. Descida aos Infernos – visão geomítica da Terra |
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Descida aos Infernos foi publicado pela
primeira vez em 1949. Até cerca do meio do livro, o discurso é mais
intensamente concreto, referindo-se sobretudo à geologia da parte sólida
da Terra e à matriz sexual feminina, mais concretamente ainda, ao útero,
enquanto metáfora do subsolo; para além do meio do livro, tão claro
quanto a censura o haja permitido, o discurso é mais social, sugerindo
que o inferno é o da injustiça e da prepotência política. O
neo-realismo, muito transfigurado em Carlos de Oliveira, existe em todo
o caso, e patenteia-se no vocabulário, já que a gramática do verso corre
pelo caminho de uma abstracção capaz de se dissimular aos olhos da
censura. Vocábulos como "gestapo", "justiça", "réus" e "revólveres"
atribuem ao leitor a tarefa de construir com eles um discurso político
compatível com as ideias de esquerda nos tempos da ditadura de Salazar.
O poeta desce sem guias ao centro da terra. Menciona
Dante, mas com mais propriedade podia mencionar Orfeu ou Júlio Verne; no
caso de Orfeu, o poeta vai ao inferno buscar o fogo, e lá conversa com
Eurídice, mas não é em Descida aos Infernos, sim no grupo de três
poemas intitulado «Fogo», em Micropaisagem; no segundo caso, a
sua descida é feita no espírito da técnica e da ciência, através das
minas, das grutas, dos estratos de granito e seus componentes de
quartzo, mica e feldspato, para trazer à superfície do poema os seus
heróis e mártires, os mineiros. Não obstante a tendência para o discurso
sistemático da tecnologia e da ciência, com a necessidade de identificar
as espécies minerais e metalúrgicas, o centro da terra, em Descida
aos Infernos, é sexual, justificando a nossa proposta de que a visão
da terra em Carlos de Oliveira é geomítica. Nem só geológica, nem apenas
Gea como deusa-mãe. Não, o aspecto geomítico harmoniza-se com a teoria
de Gaia, isto é, mantém raízes no espaço religioso, exactamente como, à
margem das religiões dominantes, o exprime James Lovelock, ao escrever:
"O facto de imaginarmos o nosso planeta como um ser vivo dá-nos a
sensação de que, em dias felizes, toda a Terra está a celebrar uma
cerimónia sagrada" (Lovelock, p. 186).
É com o útero da deusa que o poeta identifica as
minas e as grutas calcárias. A sua descida é movida pela busca do fogo
criador, identificado, numa primeira fase, com o desenvolvimento
embrionário, depois com um estado fetal mais avançado, e finalmente com
a situação do nascituro que sai da manta placentária para a luz do dia.
Nesta completa imagem da gestação e parto, não faltam sequer o monstro e
o aborto.
Visão geomítica, ainda, porque a terra é um ser
materno, e ainda por esse útero subterrâneo ser também local de
enterramento, o túmulo de que a vida renasce e onde as estrelas
levedam.
A dado passo, nesta concepção da Terra como ser vivo,
o poeta responsabiliza o planeta por negligência: tendo poderes para
destruir tudo, não chama à ordem os que à sua superfície merecem ser
julgados e punidos. Ora uma das ideias centrais da teoria de Gaia é a de
ter ela mecanismos de auto-regulação, sendo por isso capaz de se
defender de certas agressões da espécie humana. Nesta teoria considerada
de ecologia profunda, a Terra seria capaz até de castigar as espécies
que a predam mais ferozmente, diminuindo com epidemias os seus efectivos
populacionais. Face à sequência de cataclismos que têm ultimamente
assolado o mundo, sobretudo tsunamis e temporais, já temos o hábito de
por eles responsabilizar a geral falta de cuidados ambientais; quer isto
dizer que estamos cientes de que muitas catástrofes são reacções da
biosfera à nossa predação. Vejamos o que diz Lovelock sobre o
comportamento da Terra: «Gaia não é nem uma mãe extremosa que tudo
tolera, nem uma donzela frágil e delicada exposta a uma humanidade
brutal. Ela é forte e dura, mantendo o mundo em condições para aqueles
que obedecem às leis, mas que se mostra impiedosa quando destrói os
transgressores» (p. 192).
Carlos de Oliveira labora na mesma ordem de ideias de
James Lovelock, ao acusar a terra por não reagir às agressões, tendo
poderes para arrasar tudo:
E embora
o teu ódio me degrede
a este inferno,
e me condene
a séculos de sede,
também te acuso, terra:
de sendo fogo
os não queimares,
de tendo vento
os não levares,
de trazeres sobre o dorso
o horror dos mares
onde eles se não somem;
de não soltares
a besta vingadora
no nosso orgulho de homens.
De notar ainda, entre as tendências científicas em
que assenta a modernidade do pensamento de Carlos de Oliveira, a
concepção do tempo. A memória não diz respeito unicamente a uma
hipotética biografia individual, nem ao registo histórico do passado
recente de um povo. A memória, para já, é dupla: também se projecta no
futuro de forma antecipativa, como aliás fica patente no título Entre
duas Memórias. A antecipação, a que o poeta também chama memória ao
contrário, deve-se ao conhecimento científico de leis naturais. A
regularidade com que se registam certos fenómenos permite a sua
previsão.
Pelo menos três leis da Natureza são evidentes no
Trabalho Poético: a de Lavoisier, aplicada à poética e ao desejo de
transformação social – na vida nada se perde, nada se cria, tudo se
transforma; a lei da gravidade; e a lei da evolução. Ora o tempo
antecipativo, tal como a memória do passado, projectam-se à escala
geológica, dando-nos então a imagem do tempo evolutivo, aquele em que
laboram as transformações da gândara. É assim que aparecem menções a
fósseis, e sobretudo às florestas petrificadas, com "as flores esboçadas
/na cal" (p. 305). Segundo Vital Moreira, o poeta leu trabalhos de
geologia sobre a região, pois é facto que no passado da gândara ela era
arborizada, existindo registo fóssil da floresta subjacente às dunas e
lagoas actuais.
O tempo geológico é a medida da evolução da Terra, e
portanto da sua idade. Porém a escala do tempo geológico, em Carlos de
Oliveira, não se aplica ao planeta, o que nos poria face a números muito
grandes, sim à constituição do solo da gândara, instável, e cuja
morfologia actual é por isso recente. Claro que o tempo da evolução de
um lugar da Terra, por muito curto que seja, ultrapassa sempre em
centenas ou mesmo em milhares de anos o curso da vida de um indivíduo. O
tempo da evolução é lento, lentíssimo, vejamos como o poeta descreve a
lenta formação das grutas, em «Estalactite»:
O céu calcário
duma colina oca,
donde morosas gotas
de água ou pedra
hão-de cair
daqui a alguns milénios
e acordar
as ténues flores
nas corolas de cal
tão próximas de mim
que julgo ouvir,
filtrado pelo túnel
do tempo, da colina,
o orvalho num jardim
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3. O céu e a lei dos graves |
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Se na visão da terra dominam a lei da transformação
da matéria de Lavoisier, e a do tempo geológico oriundo das descobertas
de Lyell e Darwin, que é o tempo da evolução, na visão do céu domina a
lei da gravidade, mesmo se aplicada a objectos ou seres que deviam estar
ao abrigo dela. De facto, no Trabalho Poético, tudo quanto voa,
flutua ou levita, mais tarde ou mais cedo acaba por cair, caso das aves,
dos anjos, e mesmo das estrelas, apesar de, por sua natureza, algumas
serem cadentes. Vejamos um fragmento de Entre Duas Memórias:
A primeira forma é ainda
elástica; as outras endurecem
no ar, mais angulosas;
mas todas pesam,
elaborando as leis da queda;
e caem; graves; reduzidas
ao espaço do seu peso;
o voo é singular e abstracto,
melhor, a metáfora das asas,
que subentende coisas
por enquanto sem leis;
É verdade que tudo o que está em cima, em Carlos de
Oliveira, pode cair; mas esclareça-se que não se devem as quedas apenas
à lei dos graves. Para análise mais correcta é necessário dizer que a
presença da ciência é muito forte neste escritor, sim; mas a força da
sua imaginação é ainda superior. Por isso, acrescentemos à lei da queda
dos graves fenómenos incompatíveis com uma visão científica da vida,
como é o caso da levitação ou da ascensão ao céu de objectos e seres
mais pesados do que o ar, e não dotados de asas nem de motor. Estes dois
movimentos, de descida ou queda e de subida ou levitação, representam a
dinâmica metafórica mais saliente no Trabalho Poético. Deles
resulta a flutuação em que tudo se instala, a instabilidade do
território verbal. Por vezes, o poeta recorre à separação de caracteres
da palavra, à divisão silábica, ou à simulação gráfica de equações e
fórmulas químicas, para transformar o poema em objecto visual; o recurso
torna patente assim a desagregação do seu mundo poético, espelho da
instabilidade e desagregação de terras no perímetro arenoso e calcário,
por isso de forma frágil, da paisagem gandaresa.
Com efeito, a flutuação e instabilidade morfológica
constituem fenómeno geológico próprio da gândara. Basta aliás pensarmos
no solo arenoso, e no estratagema de plantar pinhais para fixar as
areias, para saltar à vista a instabilidade do terreno: a paisagem é
metamórfica, transmuta-se em lapsos de tempo curtos, o que deve ter
exercido tremendo fascínio na imaginação do poeta. A paisagem móvel,
como é sempre a dos planos de água, torna-se hipnótica. Além das lagoas
e dos charcos verdes, em que reinam sapos, o poeta recebeu ainda o
estímulo dos movediços areais e das ondas do Atlântico.
A paisagem em movimento revela-nos logo a sua
juventude: o que agora vemos não é o que no ano transacto tínhamos
admirado. Ou seja, este tipo de formação geológica caracteriza-se pela
sua pouca idade. A gândara, tal como a conhecemos hoje, tem poucas
centenas de anos. Nada de comparável aos milénios necessários para
pingos de água formarem uma gruta, como o poeta sugere em «Estalactite»,
e nada de comparável à idade total de Gaia, medida em eras e períodos, e
calculada em quatro a cinco biliões de anos.
Já por diversas vezes falámos de anjos, e os anjos
são clássicos habitantes do céu. Que anjos povoam então a poesia de
Carlos de Oliveira? Vejamos o poema II de «Sub Specie Mortis», em
Entre Duas Memórias:
Diz-se que os anjos voam
doutro modo; leves;
que não levam peso
quando partem:
a nossa miséria já filtrada,
a sua misericórdia imponderável;
flutuam; pairam; vogam:
verbos de pouca densidade;
cânones vigiaram
o crescimento das asas
nas pinturas heréticas;
concílios redigiram normas
a impor asas mais breves:
para que voem; ut volent;
basta a sua essência aérea;
e assim, nenhum anjo sofreu
as leis reais do nosso peso;
nem pôde, por isso, conhecer-nos.
Tal como o solo surge numa dimensão geológica e
mineralógica, unida à biologia de Gaia, assim o céu, não obstante a
presença de um sagrado folclórico, povoado por bruxas, e de uma
mitologia católica, pelos vistos preocupada em legislar sobre o
comprimento das asas dos anjos, o céu, repito, é o firmamento da
astrofísica, imagem sobretudo nocturna da nossa galáxia, com o sistema
solar inscrito a fogo na Via Láctea. |
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Bibliografia |
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Carlos de Oliveira, "Trabalho Poético", in Obras de
Carlos de Oliveira, Lisboa, Editorial Caminho, 1992.
Ida Maria Santos Ferreira Alves, As imagens da terra
na poesia de Carlos de Oliveira. Universidade Federal Fluminense. Em
linha em:
http://www.letras.ufmg.br/cesp/textos/%281998%2906-As%20imagens.pdf
. Consultado a 20 de Maio de 2010.
James Lovelock, As Eras de Gaia - Uma Biografia da
nossa Terra Viva. Mem Martins, Publicações Europa-América, 1998.
Maria Estela Guedes, Balanço literário de 1978.
Diário Popular, Lisboa, 28 de Dezembro de 1978.
Maria Estela Guedes, Três ensaios sobre "Finisterra".
Em linha em www. triplov.com. Publicados originalmente no Diário
Popular, Lisboa, a 16, 23 e 30 de Outubro de 1980.
Maria Estela Guedes, A poesia na Óptica da Óptica.
Lisboa, Apenas Livros Editora, 2008.
Maria Estela Guedes, “Quem, às portas de Tebas? –
Três artistas portugueses contemporâneos”. São Paulo, Arte-Livros, 2010.
Rosa Maria Martelo, Carlos de Oliveira e a Referência
em Poesia. Porto, Campo das Letras, 1998.
Vital Moreira, Paisagem povoada - A Gândara na Obra
de Carlos de Oliveira. Ed. da Câmara Municipal de Cantanhede, 2003. |
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Maria Estela Guedes
(1947, Portugal). Diretora do TriploV
ALGUNS LIVROS.
“Herberto Helder,
Poeta Obscuro”, Lisboa, 1979; “Mário de Sá Carneiro”, Lisboa, 1985; “Ernesto de Sousa –
Itinerário dos Itinerários”, Lisboa, 1987; “À Sombra de Orpheu”, Lisboa, 1990; “Prof. G. F. Sacarrão”, Lisboa,
1993; “Tríptico a solo”, São Paulo, 2007; “A
poesia na Óptica da Óptica”, Lisboa, 2008; “Chão de
papel”, Lisboa. 2009; “Geisers”, Bembibre, 2009; “Quem, às portas de Tebas? – Três artistas modernos
portugueses”, São Paulo, 2010.
ALGUNS COLECTIVOS.
"Poem'arte - nas margens da poesia". III Bienal de Poesia
de Silves, 2008, Câmara Municipal de Silves. Inclui CDRom homónimo, com
poemas ditos pelos elementos do grupo Experiment'arte. “O reverso do
olhar”, Exposição Internacional de Surrealismo Actual. Coimbra, 2008;
“Os dias do amor - Um poema para cada dia do ano”. Parede, Ministério
dos Livros Editores, 2009.
TEATRO.
Multimedia “O Lagarto do
Âmbar, levado à cena em 1987, no ACARTE,
com direcção de Alberto Lopes e interpretação de João Grosso, Ângela
Pinto e Maria José Camecelha, e cenografia de Xana; “A Boba”, levado à
cena em 2008 no Teatro Experimental de Cascais, com encenação de Carlos
Avilez, cenografia de Fernando Alvarez e interpretação de Maria Vieira. |
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© Maria Estela Guedes
estela@triplov.com
Rua Direita, 131
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