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NICOLAU SAIÃO |
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A VOLTA DE JAGODES (Jagodes’ again) |
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“VOLTEI A UMA CERTA FECUNDIDADE” – declarou José Jagodes à nossa
repórter plenipotenciária Idalina Parelho ao sublinhar que o seu
relativo afastamento dos holofotes mediáticos se deveu fundamentalmente
a uma patriótica nostalgia. |
Com
efeito, durante as cerca de duas horas que passámos com o pensador e
figura mais que pública na sua estância de Linda-a-Velha – uma amorável
vivenda paga com empréstimo da Caixa (tudo cabalmente documentado) e, em
parte, decorada pelo bom-gosto e o auxílio do seu discípulo no sector
artístico, o pintor-arquitecto Zorrino de Souza – o autor de “Mário
Parrana – biografia póstuma e sintaxe política” não se furtou
a revelar-nos a sua inquietação pelos males da Pátria. “Isto não está
para folias” – diria mesmo a dado passo quando abordámos em off
a questão ingente dos feriados e tolerâncias de ponto, que no dizer do
Doutor correspondem contudo a “algo de genético no querer nacional,
algo de fundacional na estrutura psico-cinética da formulação agregada
do inconsciente colectivo luso-peripatético”, como referiu citando
em parte o escritor pós-modernista Edmundo Prates Carmelo.
Realce-se, no
entanto, que essa nostalgia, de cariz acentuadamente universalista ainda
que com um marcado cunho nacional, foi nos últimos 8 meses muito
aliviada mediante o seu relacionamento com aquela que se tornou o seu “raio
de sol na ternura dos quarenta” (o grande pensador tem agora 46
anos), como ele classificou a actriz-cantautora venezuelana Eládia
Gonzalez, após o “encontro coup-de-foudre” (sic) que os fulminou
no decorrer duma cerimónia pública no dancing do bairro
parisiense do Marais, onde foi apresentada à Europa comunitária a
primeira telenovela bilingue lusa “Coração Independente/Corazón
sin fronteras”, e em que a elegantíssima sul-americana ficou de
chofre frente-a-frente com a varonil figura jagodiana.
Mas isso já
pertence à petite histoire futura dos deslumbrantes encontros
românticos acontecidos.
A entrevista,
normalizada pelo nosso editor Pacheco Trindade, é como segue.
***
Idalina Parelho ( IP)
– Doutor Jagodes, queria exprimir-lhe o quanto…
José Jagodes (JJ) -
Olhe moça, não percamos tempo com mimos. Já te percebi... e digo-lhe
desde já que o meu relativo afastamento da cena mediática se deveu
fundamentalmente a uma contração espiritual do meu interior: uma pessoa
em tempos de crise não pode andar contente, o que arrasta uma pouca
disponibilidade para a galhofa com que, por razões analíticas de cariz
amigável, eu mimoseava os meus habituais objectos de crítica: os meios
político e judicial (praticamente é a mesma coisa…), o meio
propagandístico-público (é praticamente a mesma coisa que os dois
anteriores…), o meio jornalístico-televisivo (é o mesmo que os outros
anteriores, praticamente), o meio comercial e industrial, o meio
desportivo (idem, aspas), etc., não falando no meio publicitário…
IP – Não me diga que
se vai referir aos Bichanos Fedorentos…
JJ – Como??!...
IP – Aquele grupo de
compinchas que começaram muito críticos, digamos desta forma
simbólica-propositiva e acabaram todos em anúncios proto-milionários…
muito divertidos…
JJ – Eu já agora…a
senhora poupe-me…quero eu dizer…Se venho falar de coisas sérias e…
IP – Mas eu acho que
isto é muito sério! Tem a ver com a…
JJ – Olhe, não vamos
falar de inconsciências conscientes ou…vice-versa. Eu preferia que me
perguntasse coisas que tenham a ver com a nação, não com…Você entende.
IP – Bom, está bem.
Então aqui vai: o Doutor, segundo já vai sendo do conhecimento geral,
parece não ter ficado muito agradado com o facto de ser, neste momento,
apenas o segundo português mais conhecido da diáspora parisiense…Diz-se
à boca cheia que, habituado a ser o lusitano mais famoso nas áreas do
Cartier Latan e da Sourbonne, ver-se de repente relegado para figura
secundária…isso custou…
JJ – A menina acha que
sim? Pois posso desde já deslindar esse mito, criado indubitavelmente
por sujeitos chocarreiros e com terceiras intenções. Pois que as
segundas são branquearem com ardil as…Mas vamos por partes: continuo a
ser o habitante luso de Paris com mais enfoque! E digo Paris com
veemência – porque o outro só é conhecido nos restaurantes de luxo e em
departamentos secundários do estabelecimento de ensino onde estaciona de
momento, até ser eventualmente chamado – conforme suspiram os seus
apoiantes‼ - para de novo ocupar lugar de relevo depois do putativo
golpe de estado sonhado por alguns nostálgicos. Enquanto que eu…Para
além das funções académicas, há o resto: as minhas conferencias e
palestras, onde não apelo ao incomprimento da dívida, o eu ser um
respeitado praticante de jogging e de judo-savate nos momentos de lazer,
o estar inclusivamente a ganhar nome, ultimamente, como artista
plástico…
IP – Artista plástico,
Doutor? Muito me conta…
JJ – Exactamente! Eis
aqui uma das minhas últimas obras: “O passeio do filósofo”, que
valerá não apenas pelos valores pictóricos envolvidos mas também pela
conceptualidade, pois mostra um detalhe dum passeio pedestre do José
Temístocles pelos arredores do Père Lachaise, com visual encenado pois
que agora usa apresentar-se assim em vista da sua cabeleira grisalha
estar a tornar-se demasiado notória e também para evitar incómodos da
parte de algum compatriota mais afoito que… |
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IP – Já vejo…Obra
muito sugestiva. Mas o Doutor não tinha actualmente na forja obras
escritas, prosa…
JJ – Tinha e tenho: um
ensaio que me foi suscitado pelo que ultimamente se tem passado no País
a nível de prefácios, obrinha em dois volumes subordinada ao título “A
insolência pós-medieval entre os ex-assessores e homens de mão”, um
romance para desenfastiar de nome “Gestores em palpos de aranha”,
onde conto as tragédias quase dramáticas em que ficaram mergulhadas
determinadas personalidades (é o que se chama um “roman-à-clef ”)
após a sua absoluta absolvição pós-traquibérnias e, por último, uma
recolha dos meus poemas (feitos aquando das minhas conhecidas férias no
Caribe em que tive ocasião de me encontrar com o presidente Chávez e com
o El Comandante) intitulada “Adiós, Muchachos”, onde pela
primeira vez, em tom de elegia, abordo o problema da saída de cena com
mais ou menos facilidade…
IP – Hummm…! Mas,
segundo julgo saber, tem-se mantido muito atento ao actual surto de
prosperidade estilística em que a literatura e afins, lusa, tem estado
mergulhada…
JJ – Indubitavelmente!
Como sempre, sigo atentamente o que de bom tem borbotado da imaginação e
raciocínio dos nossos autores, quer ficcionistas quer estudiosos…
IP - E assim sendo…
JJ - …E assim sendo
pouca coisa de fundamental me tem fugido à atenção. Desde o robusto tomo
do grande Borgonha do Crescimento, “Subsídios em torno do justo
perdão para mentirosos compulsivos”, que sem dúvida se tornará um
clássico, até ao “Olhares semânticos para uma real vidência” de
um partidário, cujo nome não me ocorre de momento, de D.Zuzarte,
passando por uma curiosa obra de ficção política “Como me tornei um
génio apelativo” do imenso analista-geral Anselmo Ribeiro da Silva.
Ainda que num degrau ligeiramente menos significativo, mas ainda assim
tão importantes como os anteriores, salientaria entre outros de
qualidade afim o pós-romance de João L. Picoto “Através duma nebulosa”,
que arrola algumas excursões pelo mundo universal daquele antigo lírico
e tradutor de gabarito. Sem esquecer, é claro, no plano musical, que
também é singular, o derradeiro trabalho em CD do excepcional Sérvulo
Coutinho “Voz entaipada e outras canções englobantes”, em que
pela primeira vez canta a brincar coisas eventualmente mais sérias…
IP – Sim senhor,
Doutor Jagodes. Mas o que eu agora queria abordar era o caso, que em
grande parte me trouxe até si, da notícia que começou a circular nos
mentideros habituais, de que o senhor se teria constituído
assistente no processo que vai envolver a Associação Magistral,
liderada por António Martinho, contra os ex-ministros de José
Temístocles que…
JJ – Peço
desculpa…Olhe que não percebi bem…
IP – Não? Eu refiro-me
ao facto de se ter, ou ir, constituído assistente no processo
que…
JJ – Peço desculpa de
novo…e olhe que não é meu costume…Mas há por aí uma confusão…
IP – Confusão diz o
Doutor…?
JJ – Ai digo, digo! Da
sua parte será certamente sem intenção de “campanha negra”, para
usar esta expressão de cunho já clássico…Mas de outros lados, não
sei…sinceramente. E a confusão consiste nisto: eu de facto falei
fortuitamente, duma vez em que como agora me encontro entre nós (ou seja
no nosso querido país), com o publicista Carlos Magro, que certamente
por distração (pois é muito distraído acho eu, no seu antigo programa
com o outro simpático “marreta” Jofre Amaral Dias até deu o Rilke como
tendo-se suicidado, eheheh) deve ter falado nisso de “assistente”,
quando o que eu queria significar é que vou estar atento, percebe?, com
atenção assistindo ao decorrer dos trabalhos de parto dessa cousa
do processo…Coisas de que fujo aliás como o diabo da cruz, pois isso de
tribunais é uma coisa assim a modos que…confesso me fazem terror…
IP – E não será só ao
Doutor…Eu acho que uns 80 por cento dos portugueses terão terror dos…
JJ – A não ser que
sejam criminosos,,, Que esses, endurecidos como são, em geral até se
riem daquelas sessões, então não viu como foi com o alegado delinquente
juvenil que saíu de lá contentíssimo e aproveitou logo para cascar,
molhando a sopa, numa jornalista que por ali estava estacionada…
IP - …E o Pablo
Estandarte, que é um sorriso de orelha a orelha conforme se vê nas fotos
dos jornais…
JJ – Mas quanto a esse
acho justificável, porque a meu ver e não só está e estará inocente. E
aliás ele prometeu que falaria no fim. E acho muito bem!
IP – Bom, falando de
outras coisas, de desporto… por exemplo…
ELÁDIA GONZALEZ (EG),
entrando na sala nesse momento – Permiso…Bueno, Jagudí, cariño,
no me vas a presentar? |
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JJ – É para já! Mas
Idalina, não ligue ao diminutivo-trocadilho que ela me deu…Geralmente
ela até usa o de mi gavilán, isto agora foi porque eu lhe disse
que na Bissau, onde estive em tempos por razões de estudo do meio,
aquelas simpáticas aves que ali há aos magotes…
IP – Eu percebi,
Doutor…Tudo bem…A doña Eládia é dotada de senso-de-humor…
JJ – Também, pois,
além de ter cá uma adrenalina…Mas apresento-te, Eládiazinha, a grande
jornalista freelancer entrevistadora Idalina Parelho!
EG – Lo veo…Bonitos
olhos, se usted me lo permite em portugués…Y que no te pongas con ideias
José, hein?
JJ – Ó Eládia…E nem a
dona Idalina o possibilitaria, então não é?
EG – Contigo nunca se
sabe…és un pan my jagudito…e sempre com olho clínico…
IP – Mas como íamos
dizendo…no campo desportivo…
JJ – No campo
desportivo o que acho mais notável é que as alegadas falências dos
clubes, ou estados de carência…não têm tido efeitos sensíveis no seu
desempenho. Isto não é vulgar! Mesmo em estado de crise em que dizem que
estamos (eu até nem tenho notado por aí além, os Casinos continuam
cheios e os carros topo de gama, upa upa…e os prémios de gestão…e tal…)
o desporto continuar tão competitivo é um sinal singular e penso mesmo
que mereceria um ensaio do grande pensador, meditabundo genial, Romualdo
Lourenço ou do não menos qualitativo Antero Barrete. Que decerto
traçariam páginas de fogo sobre esta fenomenal circunstancia.
E é isso a meu ver
que explica que este ano as equipas mais notórias, com a excepção
compreensível todavia do Sport Club, estejam todas a par para se
campeonarem. É o chamado nivelamento por alto, conceito que bem
gostaria de ver por exemplo na política – mas infelizmente no seu ramo
os partidões escolhem o qualificativo oposto…o que também será
significativo da circunstancia nacional-europeia…
IP – E a nível de
política internacional…
JJ – Acho que a nível
americano tudo correrá favoravelmente aos adversários da velha “pátria
dos heróis” como diz o hino. O Obama continuará sendo uma ilusão
para direitas e esquerdas, o Romney continuará a ganhar perdendo e o
Santorum a perder ganhando...Tudo normal, e quando falo assim estou
também a pensar no Bashir-el-Assadr… Na Itália o Vaticano continua
óptimo e o Berlusconi segue em frente…
E na “minha” França,
para onde voltarei depois destas mini-férias proporcionadas pelo Mais
Velho, que se recusa a mandar chuva apesar das sugestões cardinalícias
já formuladas e outras acções de pré-procissões que se antevêem, o
Sarkozy está a voltar paulatinamente ao vento em popa, uma vez que o
Hollande se tem metido em bolandas (perdôe o trocadilho) devido à sua
excessiva doação espiritual aos quereres e exigências alegadas dos
islamitas que, mesmo sensatamente e com certo carinho, continuam a
ensinar, explicar, pela voz dos seus imãs, a forma mais adequada,
apropriada, de chegar a roupa ao pêlo das consortes e outras
protagonistas do género feminino…O que vai, é uma mania nacional (risos),
contra as ideias liberais de igualdade e fraternidade que a pátria de
Jean Racine, Molière, Joana d’ Arc e outros altos vultos têm no mais
fundo do bestunto…digo com chiste.
E a Espanha…nem vale
a pena dizer muito. Têm a caballerosidad e um monarca que não se
encolhe para, se fizer falta e sem temor de parecer intempestivo, mandar
calar um qualquer caramelo que nos areópagos se ponha com partes gagas…E
isto é muito. Cá por mim continuarei, a caminho do solo francês porque
vou sempre de camioneta, nos aviões há sempre o perigo de…mas
continuemos, continuarei dizia enquanto atravesso as planícies
espanholas a ter no coração um sentimento fraternal pelo país de
Espronceda, Picasso e Penélope Cruz…
EG – Jagudí‼!
JJ – Descarta, cariño,
era apenas uma referência sem intenção,,,Quer, Idalina, perguntar mais
alguma coisa?
IP – Creio, Doutor,
que nos vamos quedar por aqui. E note, até já estou a usar um estilo
castelhanista…
JJ – Pois…A Eládia e a
sua língua influenciam qualquer um(a)! Então, se me permite, endosso
através de si uma forte saudação aos seus leitores e meus acho eu
admiradores. Até breve!
IP – Até breve…Isso
não é já uma dica, Doutor? Porque circula à boca pequena, em certos
meios, que o senhor se candidatará à presidência da…
JJ – Chut! Chiiiuuu
por enquanto, Idalina. O que fôr soará. Vale?
IP – Concerteza,
doutor. Mas…até breve! |
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(Entrevista normalizada por Pacheco
Trindade, passada a limpo por Joaquim M. Simão e transportado para
suporte vídeo por Henrique Fiel Martinho). |
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Nicolau
Saião – Monforte do Alentejo (Portalegre) 1946. É poeta, publicista,
actor-declamador e artista plástico.
Participou
em mostras de Arte Postal em países como Espanha, França, Itália,
Polónia, Brasil, Canadá, Estados Unidos e Austrália, além de ter
exposto individual e colectivamente em lugares como Lisboa, Paris,
Porto, Badajoz, Cáceres, Estremoz, Figueira da Foz, Almada, Tiblissi,
Sevilha, etc.
Em 1992 a
Associação Portuguesa de Escritores atribuiu o prémio
Revelação/Poesia ao seu livro “Os objectos inquietantes”. Autor
ainda de “Assembleia geral” (1990), “Passagem de nível”, teatro
(1992), “Flauta de Pan” (1998), “Os olhares perdidos” (2001), “O
desejo dança na poeira do tempo”, “Escrita e o seu contrário” (a
sair).
No Brasil
foi editada em finais de 2006 uma antologia da sua obra poética e
plástica (“Olhares perdidos”) organizada por Floriano Martins para a
Ed. Escrituras. Pela mão de António Cabrita saiu em Moçambique
(2008), “O armário de Midas”, estando para sair “Poemas dos quatro
cantos”(antologia).
Fez para a
“Black Sun Editores” a primeira tradução mundial integral de “Os
fungos de Yuggoth” de H.P.Lovecraft (2002), que anotou, prefaciou e
ilustrou, o mesmo se dando com o livro do poeta brasileiro Renato
Suttana “Bichos” (2005).
Organizou,
coordenou e prefaciou a antologia internacional “Poetas na
surrealidade em Estremoz” (2007) e co-organizou/prefaciou ”Na
Liberdade – poemas sobre o 25 de Abril”.
Tem
colaborado em espaços culturais de vários países: “DiVersos”
(Bruxelas/Porto), “Albatroz” (Paris), “Os arquivos de Renato Suttana”,
“Agulha”, Cronópios, “Jornal de Poesia”, “António Miranda” (Brasil),
Mele (Honolulu), “Bicicleta”, “Espacio/Espaço Escrito (Badajoz),
“Bíblia”, “Saudade”, “Callipolle”, “La Lupe”(Argentina) “A cidade”,
“Petrínea”, “Sílex”, “Colóquio Letras”, “Velocipédica Fundação”,
“Jornal de Poetas e Trovadores”, “A Xanela” (Betanzos), “Revista
365”, “Laboratório de poéticas” (Brasil), “Revista Decires”
(Argentina), “Botella del Náufrago”(Chile)...
Prefaciou
os livros “O pirata Zig-Zag” de Manuel de Almeida e Sousa, “Fora de
portas” de Carlos Garcia de Castro, “Mansões abandonadas” de José do
Carmo Francisco (Editorial Escrituras), “Estravagários” de Nuno
Rebocho e “Chão de Papel” de Maria Estela Guedes (Apenas Livros
Editora).
Nos anos 90
orientou e dirigiu o suplemento literário “Miradouro”, saído no
“Notícias de Elvas”. Co-coordenou “Fanal”, suplemento cultural
publicado mensalmente no semanário alentejano ”O Distrito de
Portalegre”, de Março de 2000 a Julho de 2003.
Organizou,
com Mário Cesariny e C. Martins, a exposição “O Fantástico e o
Maravilhoso” (1984) e, com João Garção, a mostra de mail art “O
futebol” (1995).
Concebeu,
realizou e apresentou o programa radiofónico “Mapa de Viagens”, na
Rádio Portalegre (36 emissões) e está representado em antologias de
poesia e pintura. O cantor espanhol Miguel Naharro incluiu-o no
álbum “Canciones lusitanas”.
Até se
aposentar em 2005, foi durante 14 anos o responsável pelo Centro de
Estudos José Régio, na dependência do município de Portalegre.
É membro
honorário da Confraria dos Vinhos de Felgueiras. Em 1992 o município
da sua terra natal atribuiu-lhe o galardão de Cidadão Honorário e,
em 2001, a cidade de Portalegre comemorou os seus 30 anos de
actividade cívica e cultural outorgando-lhe a medalha de prata de
Mérito Municipal. |
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