Como temos visto, D. António da Costa foi um cantor entusiasta das vantagens do progresso humano, social, cultural e científico. Além disso, era um utilizador entusiasta das facilidades trazidas pela evolução científico-tecnológica. Neste ponto até se distanciava de muitos escritores e poetas da sua época que consideravam pouco poético usar das vantagens concedidas pelo progresso. Podemos constatar esta atitude "progressista" no seu livro de prosa poética intitulado No Minho , onde descreve as suas digressões e impressões sobre uma das regiões mais belas de Portugal:
"Felizmente que para o ver (o Minho) não é necessário mais do que ir com toda a comodidade neste Wagon , ponto que eu, adorador da poesia, me separo dos poetas que declararam guerra aos caminhos de ferro por julgarem vilmente prosaico o não irmos abrasando pelas estradas quando viajamos no Verão, nem enregelados quando jornadeamos de Inverno, como se por entre gelo nos pudessem extasiar pomares de laranjeiras, ou numa fornalha nos fosse possível apreciar as pitorescas aldeias, recortadas no espaço. (1)"
Ao longo das suas diversas obras encontramos instantemente referências ao progresso em ebulição na sua época. Ele dedica o último capítulo do "Cristianismo e o Progresso" ao Séc. XIX, onde oportunamente comenta a grande evolução registada no seu século de uma forma singularmente equilibrada e justa.
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