De tudo que foi dito antes, fica claro que as cinco instâncias de que tratamos (a saber: instâncias conformes, instâncias monádicas, instâncias desviantes, instâncias limítrofes e instâncias de potestade) não devem ficar guardadas até que se estude uma natureza adequada (como deve ser feito com as outras instâncias propostas e com outras que vêm a seguir); ao contrário, deve-se imediatamente fazer uma coleção delas como uma espécie de história particular, pois servem para digerir as coisas que penetram no intelecto e para corrigir a própria constituição do intelecto, que não está infenso à perversão e à deformação nas suas incursões cotidianas e rotineiras.
Essas instâncias devem ser utilizadas como uma espécie de remédio preparatório para retificação e purificação do intelecto. Pois tudo o que afasta o intelecto das coisas habituais aplaina e nivela a sua superfície para a recepção da luz seca e pura das noções verdadeiras.
Além disso, essas instâncias abrem e preparam o caminho para a parte operativa; como diremos no lugar próprio quando tratarmos das deduções para a prática. 177
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