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FILOMENA EMBALÓ |
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Breve resenha sobre a literatura da Guiné-Bissau |
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Nota ao leitor |
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Este trabalho não se pretende exaustivo. Ele apenas indica referências
que poderão ser o ponto de partida para um estudo mais completo e
actualizado, uma vez que se refere unicamente ao panorama literário
guineense até 2000. A limitaçao das fontes que foi possível consultar,
explicará a parcialidade da abordagem e desde já as minhas desculpas
pelas omissões involuntárias.
Com a preocupação de paliar a estas insuficiências, não deixarei de
completar este trabalho à medida que for tendo acesso a mais
informações. Por outro lado, o desafio fica aqui lançado a eventuais
colaboradores interessados em aprofundar e completar o tema. |
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Introdução |
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Dentre as antigas colónias portuguesas, a Guiné-Bissau é o país onde
mais tardiamente a literatura se desenvolveu devido ao atraso do
aparecimento de condições socio-culturais propícias ao surgimento de
vocações literárias. Esse atraso deveu-se sobretudo ao facto da Guiné
ser uma colónia de exploração e não de povoamento, tendo estado por um
longo período sob a tutela do governo geral da colónia de Cabo Verde.
São vários os elementos que explicam essa situação, dos quais cito
alguns. Primeiramente, uma política educativa colonial restritiva e
tardia. Com efeito, o primeiro estabelecimento de ensino secundário só
foi aberto em 1958, enquanto que, por exemplo, em Cabo Verde o primeiro
liceu foi inaugurado na Praia em 1860[i] O acesso ao ensino era bastante
restrito, estando dele excluída a maioria da população (99,7% em 1961)
abrangida pelo Estatuto do Indigenato. A imprensa também chegou
tardiamente à colónia, em 1879, enquanto que nas demais colónias ela foi
instalada entre 1842 e 1857. Os Boletins Oficiais, que possuíam secções
reservadas a colaborações literárias, só apareceram em 1880, na medida
em que entre 1843 (data em que apareceram os boletins nas outras
colónias) e 1879 havia um boletim comum à Guiné e Cabo Verde, editado na
Praia. A primeira editora pública, a Editora Nimbo, só aprareceu depois
da independência em 1987, tendo tido uma duração efémera, fechando
alguns anos depois.
A estas causas remotas, associam-se outras mais recentes que têm a ver
com o pouco (ou quase nenhum ) apoio que as autoridades do país têm
prestado à promoção da cultura nacional em geral e à literatura em
particular. A inexistência de bibliotecas, de uma casa de edições, a
falta de dinamismo da própria União Nacional de Artistas e Escritores
são alguns dos factores que têm travado o desenvolvimento do movimento
literário nacional. Abdulai Silá, o primeiro romancista contemporâneo do
país, teve que fundar a sua própria casa de edições em 1994...
Poderemos distinguir quatro fases na literatura da Guiné em função do
seu conteúdo: uma primeira fase anterior a 1945, uma segunda entre 1945
e 1970, uma outra entre 1970 e o fim dos anos 1980 e finalmente a fase
iniciada na década de 1990. |
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I. A fase anterior a 1945 |
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Autores marcados pelo cunho colonial |
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Os primeiros escritos no território guineense foram produzidos por
escritores estabelecidos ou que viveram muitos anos na Guiné, muitos
deles de origem cabo-verdiana. A maior parte das suas obras têm um
caracter histórico, com a excepção da de Fausto Duarte (1903-1955), que
se destacou como romancista[ii], Juvenal Cabral e Fernando Pais
Figueiredo, ambos ensaístas, Maria Archer, poetisa do exotismo, Fernanda
de Castro, cuja obra dá conta das transformações sociais da colónia na
época e João Augusto Silva, que recebeu o primeiro prémio de literatura
colonial. Porém a maior parte destes autores caracterizam-se por uma
abordagem paternalista e/ou próxima do discurso colonial.
Durante este período apenas uma figura guineense se destaca : o Cónego
Marcelino Marques de Barros que deixou trabalhos no domínio da
etnografia, nomeadamente “A literatura dos negros” e uma colaboração com
carácter literário dispersa em obras diversas. A ele se deve a recolha e
a tradução de contos e canções guineenses em diferentes publicações e
numa obra editada em Lisboa em 1900, intitulada “Contos, Canções e
Parábolas”. |
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II. O período entre 1945 e 1970 |
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Uma poesia de combate |
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É neste período que surgem os primeiros poetas guineenses: Vasco Cabral
e António Baticã Ferreira. Amilcar Cabral, com uma dupla ligação à Guiné
e Cabo Verde, faz também parte desta geração de escritores
nacionalistas. A literatura deste período caracteriza-se pelo surgimento
da poesia de combate que denuncia a dominação, a miséria e o sofrimento,
incitando à luta de libertação.
Embora os primeiros poemas de Amilcar Cabral revelem um autor
cabo-verdiano, a maior parte da sua obra literária é dominada por um
cunho universalista, marcada pela contestação e incitação à luta:
« Ah meu grito de revolta que percorreu o mundo
que não transpôs o mundo
o Mundo que sou eu !
Ah ! meu grito de revolta que feneceu lá longe Muito longe Na minha garganta !
Na garganta mundo de todos os Homens »[iii]
Vasco Cabral é certamente o escritor desta geração com a maior produção
poética e o poeta guineense que maior número de temas abordou. A sua
pluma passa do oprimido à luta, da miséria à esperança, do amor à paz e
à criança.... Inicialmente com uma abordagem universalista, a sua obra
se orienta, a partir dos anos 1960 para a realidade guineense[iv]. Em
1981, publicou o seu primeiro livro de poemas intitulado “A luta é a
minha primavera”, obra que reúne 23 anos de criação poética entre 1951 e
1974. Esta obra foi ulteriormente publicada pela União Latina numa
versão trilingue português, francês e romeno.
Citação:
« Mãe África
Vexada
Pisada
calcada até às lágrimas
confia e luta
e um dia a África será nossa… »[v]
« …Ah ! Comme il me plairait
d’embrasser sur la bouche l’aurore
et de promener mes doigts
dans la chevelure de l’avenir
pour que paix et liberté
soient universelles. »[vi]
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III. Dos anos 1970 ao fim dos anos 1980 |
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Uma literatura exclusivamente poética:
da poesia de combate à poesia
intimista |
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Com a independência do país, surge uma vaga de jovens poetas, cujas
obras impregnadas de um espírito revolucionário, manifestam um carácter
social. Os autores mais representativos são: Agnelo Regalla, António
Soares Lopes (Tony Tcheca), José Carlos Schwartz, Helder Proença,
Francisco Conduto de Pina, Félix Sigá.
O colonialismo, a escravatura e a repressão são denunciados por esses
autores que, no pós independência imediato apelam para a construção da
Nação e invocam a liberdade e a esperança num futuro melhor. O tema da
identidade é abordado através de diferentes situações: a humilhação do
colonizado, a alienação ou assimilação e a necessidade de afirmação da
identidade nacional.
Note-se porém que a questão de identidade não é apresentada como um
factor de oposição entre o indivíduo e a sociedade na qual este evolui.
Ela é analisada como um conflito pessoal do indivíduo, que consciente do
seu desfasamento cultural em relação à sociedade de origem, procura
identificar-se com as suas raízes, da qual foi afastado pela assimilação
colonial. Por conseguinte, nesta abordagem não se põe em causa a
pertença do indivíduo à sociedade em questão.
Embora o recurso ao crioulo seja marginal, os autores afirmam-se como
cidadãos africanos
Vejamos :
Agnelo Regalla (tema do assimilado)
Fui levado
a conhecer a nona sinfonia
Beethoven e Mozart na música
Dante, Petrarca e Bocácio
na literatura
… Mas de ti mãe África ?
Que conheço eu de ti ?
a não ser o que me impingiram
o tribalismo, o subdesenvolvimento
e a fome e a miséria como complementos…/[vii]
Helder Proença (temas: reconstrução e esperança)
« …É assim que vamos tecendo as nossas manhãs
de ferro e terra batida
são as cores da nossa vida
onde a juventude se forja
- ardente e gloriosa no peito palpitante do futuro - … »[viii]
As primeiras publicações poéticas surgem em 1977 com a edição da
primeira antologia « Mantenhas para quem luta », editada pelo Conselho
Nacional da Cultura. No ano seguinte, é publicada a “Antologia dos novos
poetas / primeiros momentos da construção”. Estas duas obras consagram
uma poesia que instiga à reconstrução do jovem país.
Ainda em 1978, Francisco Conduto de Pina publicou o seu primeiro livro
de poemas “Garandessa di nô tchon” e Pascoal D’Artagnan Aurigema editou
‘Djarama”.
Helder Proença publicou em 1982 « Não posso adiar a palavra » com duas
obras poéticas.
Em 1990, surgiu uma nova colectânea poética, a “Antologia Poética da
Guiné-Bissau” editada em Lisboa pela Editorial Inquérito, reunindo obras
de quinze poetas, dos quais a maioria produz ainda uma poesia
característica desta época. |
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IV. A partir da década de 1990 |
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Uma poesia mais intimista |
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O desencantamento dos sonhos do pós-independência imediato fez com que a
euforia revolucionária desse lugar a uma poesia que se tornou mais
pessoal, mais intimista, com a deslocaçao dos temas Povo-Nação para o
Indivíduo. Outros temas passaram a inspirar a criação literária, tais
como o amor. De entre os seus autores citemos: Helder Proença, Tony
Tcheca, Félix Sigá, Carlos Vieira, Odete Semedo.
«Quisera
nesta vida
… afagar teus cabelos
sugar o doce dos teus olhos
transportar em arco-íris
o néctar da tua boca
e juntos caminharmos
ante a ânsia e o sonho … »[ix]
« A vida
nasce de gotas de Amor
- a morte
acontece no tempo
entre mim e a vida
paira um vácuo
- com sorriso
aguardo o destino[x].
Embora o português continue a ser a língua dominante na poesia
guineense, o recurso ao crioulo tornou-se mais frequente, quer pela
escrita em crioulo, quer pela utilização de termos e expressões crioulas
em textos em português. Empregando o crioulo, os autores põem em
evidencia a riqueza metafórica dessa língua, profundamente enraizada na
cultura popular.
Odete Semedo, que utiliza tanto o português como o crioulo, reivindica
pertencer a duas culturas:
« Em que língua escrever
as declarações de amor ?
em que língua contar as histórias que ouvi contar ?
… Falarei em crioulo ?
Falarei em crioulo !
mas que sinais deixar aos netos deste século ?
ou terei que falar nesta língua lusa
e eu sem arte nem musa
mas assim terei palavras para deixar.. . »[xi]
Várias são as publicações que dão conta destas inovações na literatura
bissau – guineense: « O Eco do Pranto » de Tony Tcheca em 1992, uma
antologia temática sobre a criança, editada pela Editorial Inquérito em
Lisboa ; « O silêncio das gaivotas » em 1996, o segundo livro de poemas
de Francisco Conduto de Pina ; « Kebur – Barkafon di poesia na kriol »,
uma recolha de poemas em crioulo, editada pelo Instituto Nacional de
Estudos e Pesquisa (INEP) em 1996 ; « Entre o Ser e o Amar », uma
recolha bilingue português-crioulo de poemas de Odete Semedo, publicada
também pelo INEP em 1996 « Noites de insónia em terra adormecida », um
outro livro de poemas de Tony Tcheka publicado também em 1996 e « Um
Cabaz de Amores - Une corbeille d’amours”, recolha bilingue
português-francês de poemas de Carlos Edmilson Vieira, publiacada em
1998 pelas Editions Nouvelles du Sud em Paris.
As primeiras bandas desenhadas de Fernando Júlio, exclusivamente em
crioulo, apareceram na década de oitenta. Trata-se essencialmente de
sátiras sociais que tiveram um grande sucesso. A música, onde a poesia
crioula tem quase a exclusividade, foi também marcada pela exultação da
reconstrução nacional. |
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Finalmente a prosa |
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Foi apenas em 1993 que a prosa aparece na literatura contemporânea
bissau-guineense. Foi Domingas Sami que inaugurou este estilo com uma
recolha de contos « A escola » sobre a condição feminina na sociedade
nacional.
Em 1994, surge o primeiro romance de Abdulai Silá, « Eterna Paixão , que
publicou outros dois romances: « A última tragédia », traduzido para
francês e « Mistida » em 1997. Na sua obra Silá põe em destaque a
coabitação na sociedade colonial das duas comunidades presentes, a
colonizadora e a colonizada. A transição para uma sociedade pós-colonial
onde uma nova elite saída da luta de libertação se instala no poder,
fazendo contrastar o seu discurso revolucionário com uma prática
desastrosa na governação do país, é visitada pela pluma atenta do
escritor. O seu romance “Mistida” publicado um ano antes do início da
guerra civil de 1998/1999 é considerada pelos críticos literários como
uma obra profética.
Em 1997, Carlos Lopes, autor de numerosas obras de caracter histórico,
sociológico e político, inaugura a sua incursão na literatura nacional
com a publicação de “Corte Geral”, uma recolha de crónicas, na qual, com
muito humor, descreve situações reveladoras do surrealismo que
caracteriza a sociedade guineense de todos os tempos.
Um outro escritor se impõe em 1998 na cena literária : Filinto Barros,
com o seu primeiro romance “Kikia Matcho », que mergulha o leitor no
mundo mágico e místico africano, abordando a vida decadente da capital
nos anos 1990 e o sonho falhado que representa a emigração.
Em 1999, Filomena Embaló publicou também o seu primeiro romance,
“Tiara”, que levanta o véu do delicado tema da integração familiar e
social no seio da própria sociedade africana.
Carlos Edmilson Vieira, em 2000, editou « Contos de N’Nori », uma
recolha de contos que evocam lendas e costumes populares, recordações de
brincadeiras da juventude e as vicissitudes sociais e políticas da
sociedade guineense.
Constata-se que a literatura contemporânea bissau-guineense, nas suas
diversas formas, tem uma constante : pela pluma dos seus escritores, ela
retrata as desilusões, os medos e as aspirações da população perante a
situação política, social e económica que prevalece no país. |
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Notas |
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i Aristides Pereira, « Guiné-Bissau e Cabo Verde – Uma Luta, um Partdido,
Dois Países », Notícias Editorial, Lisboa, 2002
[ii] « Aua », 1934 ; « O negro uma alma », 1935 ; « Rumo ao degredo »,
1939 e « A revolta », 1945.
[iii] Poema : « Poema », Antologia Poética da Guiné-Bissau, Editorial
Inquérito, 1990, pág. 39
[iv] Fernando J. B. Martinho, no Prefácio da primeira edição de « A luta
é a minha primavera».
[v] Poema : « África ! Ergue-te e caminha » Antologia Poética da
Guiné-Bissau, Lisboa, op. c. pág. 49.
[vi] Poema « Desabafo » (Confidence), extrait de « A luta é a minha
primavera », version trilingue, pág. 236.
[vii] Poema : « Poema de um assimilado », Antolologia poética da
Guiné-Bissau, op. c. Pág. 118.
[viii] Poema : « Assim respira a minha Pátria » Antologia Poética da
Guiné-Bissau, op c. page 84
[ix] Tony Tcheca, « Ânsia e sonho », 1981, Antologia poética da
Guiné-Bissau, op.c. pág. 151
[x] Francisco Conduto de Pina, « A vida », 1996, O Silêncio das
Gaivotas, Bissau, Centro Cultural Português, 1996
[xi] Odete Semedo, « Em que Língua Escrever ? », Entre o Ser e o Amar,
INEP, Bissau 1996, pág. 11 |
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BIBLIOGRAFIA |
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“Antologia Poética da Guiné-Bissau”, Editorial Inquérito, Lisboa, 1990. Carlos Edmilson Vieira, “Contos de N’Nori”, Edição do autor, Bissau,
2000. Carlos Edmilson Vieira, “Um Cabaz de Amores/Une corbeille d’amours”,
Edições Nouvelles Sud, Ivry Sur Seine, 1998.
Carlos Lopes, “Corte Geral”, Editora Caminho, Lisboa, 1997. Elisabeth Monteiro Rodrigues, “Guinée-Bissau, une littérature en devenir”,
Africultures n°26, Março de 2000.
Francisco Conduto de Pina, “O Silêncio das Gaivotas”, Edição do
Instituto Camões-Centro Cultural Português de Bissau, 1997. “Kebur-Barkafon di poesia na kriol”, INEP, Bissau, 1996.
Leopoldo Amado, “A Literatura Colonial Guineense”, Revista ICALP, vol.20
e 21, Julho-Outubro de 1990, 160-178.
Manuel Ferreira, “Literatura Africana dos Países de expressão portuguesa
I”, Biblioteca Breve.
Moema Parente Augel, “Lembrança e Olvido nas Literaturas Afrobrasileiras
e Guineense”, Universidade de Bielefeld, Alemanha,
www.geocities.com.
Odete Semedo, “Entre o Ser e o Amar”, INEP, Colecção Literária Kebur,
Bissau, 1996.
Russel G. Hamilton, “A Literatura dos PALOP e a Teoria Pós-colonial”,
Universidade de Vanderbilt, E.U.A., www.geocities.com
.
Vasco Cabral, “A Luta é a minha Primavera”, União Latina, Paris 1999. |
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http://www.didinho.org/resenhaliteratura.html . 2004.
Triplov, 16.06.2010 |
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Filomena Embaló. De nacionalidade guineense, nasceu em Angola, em 1956,
filha de pais cabo-verdianos. Em 1975, os acasos da vida levaram-na de
Angola para a Guiné-Bissau, país que adoptou e em cuja labuta dos
primeiros anos de independência se forjou a faceta guineense da sua
identidade.
Formou-se em Ciências Económicas em França e ocupou
cargos na Função Pública bissau-guineense, no país e no exterior.
Actualmente trabalha em Paris, na organização intergovernamental União
Latina.
Tem publicações em revistas e jornais de artigos sobre a
economia guineense e literários. As encruzilhadas do seu percurso
multicultural inspiraram o seu romance, "Tiara", editado em 1999. “Carta
Aberta”, uma recolha de contos e textos seus, foi publicada em 2005. « Coração
cativo », saído do prelo em 2008, é o seu primeiro livro de poemas.
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