DIDINHO

POEMAS - INDEX

Sintinela ka ta durmi

Poeticamente

Semente

Sai Satanás, sai!

Chora, chora, Mãe Guiné...

Era uma vez um povo...

A ponte

Pátria minha

Beto meu irmão

Minha terra, meu umbigo...

És mãe

Este Natal seria diferente...

Em memória de Valeriano Luiz da Silva

Chora, chora Mãe Guiné...

Chora, chora Mãe Guiné

lamenta o desentendimento à tua volta

desabafa, chora a perda de todos os teus filhos

dos que se têm digladiado até à morte

dos que morrem naturalmente

dos que morrem por falta de assistência

dos que morrem com fome e à sede



Chora, chora Mãe Guiné

desabafa contra os espíritos satânicos

encarnados nalguns dos teus filhos

tornando-os gananciosos e intolerantes

assassinos de seus próprios irmãos

eles que semeando a morte

certamente e infelizmente

a morte colherão



Chora, chora Mãe Guiné

até que todos os teus filhos se entendam

deixem de se matar

convivam com as suas diferenças

voltem a fazer-te sorrir

pois quem hoje chora

amanhã também sorrirá



Chora, chora Mãe Guiné

porque nós que também somos teus filhos

que muito te amamos

que amamos a todos os nossos irmãos

prometemos-te dias melhores

ainda que hoje, apenas possamos consolar-te

chorando contigo

partilhando infinitamente a tua/nossa dor.

DIDINHO (Fernando Casimiro)
http://www.didinho.org/apoesiadefernandocasimiro.htm

http://senegambia.blogspot.com/