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As tintas negras do jardim | |
I’ll shoot the moon O que vejo é teu olho dançando no jardim: | |
Luz e sombra | Mar de mares |
Aquele que ama as letras desvela o argumento das trevas com serenidade. Assevera uma sentença árabe que o homem se dissimula atrás de sua língua. Moisés não encontrara senão em Aarão as palavras com que transmitir a seu povo as aspirações de uma união total com Deus. Schöemberg morrera sem concluir Moses und Aron. Que luz tão severa suprime a paisagem à nossa volta? Que dibuk penetra em nossa afligida alma e com um escândalo a arrebata? O definitivo rio que flui nos tecidos da linguagem conduz o homem a um abismo sem fim. Aquele que ama as letras supera a obsessão de revelá-las. | Dentro da memória se guarda o amor |
Estatuetas | Página marcada |
A Rolando Toro Ser tua imagem sem causar-te aflição, | Teu nome é ausência, vertigem da memória, flecha de ouro cujo percurso descerra uma furtiva utopia. Ascensão ao inferno, contigo nas emanações do vazio. Vapores do caos sopram que tua morte é meu asilo primordial. Um a um os fantasmas virão depor: recolho as cinzas de teu refúgio em meu corpo. Estranho mar de sentidos: tua imagem paciente, oh Incriado, teia que nos torna uma tribo de vícios. Tremor de visões daquela que guarda a chave em seu leito. Materiais de risco. Fogueira de sonhos. Metáfora isolada na torre dos delírios. Mãe infundada. Este é o corpo. |