Faz parte do gaio método não só o estudo possível do assunto científico como o teste da veracidade da informação. Quando não verificamos, ou quando não nos ocorre testar o que julgamos saber, o mais natural é cometermos erros enormes. Verificar a informação consiste em movimentos simples como ir a um dicionário ou enciclopédia averiguar o que significa a palavra esparrado - o bloco de cobre estava esparrado em um dos cantos de um pedaço tirado de uma ou duas libras de peso, reza um dos manuscritos -, ou identificar um tal capitão Boteler, cujas cartas das ilhas do Golfo da Guiné contêm erros notáveis. No caso do bloco, fazia parte da verificação saber se na Cachoeira havia minas de cobre ou qualquer outro tipo de jazida cuprífera. Há minas de cobre no norte e no sul do Estado da Bahia, não porém na região chamada recôncavo baiano, imediações de São Salvador, onde se localiza o município da Cachoeira.
Verificar explica por vezes a paródia. Há várias classes de motivos para ela - chamar a atenção da comunidade científica para experiências que estão em curso e é necessário proteger com o segredo, ou para problemas políticos, religiosos ou sociais.
Comparar e verificar conduzem a uma terceira fase do método - a tentativa de reconstituição do cenário, o que exige estudos de História e naturalmente uma exegese. Da tentativa decorrem acerto e erro. Há erros que vamos corrigindo ao longo do percurso, outros, nem sempre. Quando acontece divulgar-se um erro, o último passo do gaio método é a errata.
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