@svattha Maria Estela Guedes 10-12-2004 |
Apetece-te que volte ao precipício................................. Estás quase nu, lótus imperial. Daqui a pouco, vais queimar as pétalas de água. Porque és tu a árvore da revelação: |
........................A noite prende-te os pulsos, grande rio. Gangética, a lua escalda. Os teus botões de punho são de Deus, ......................................................esse Esquecido........................... Gangética, a lua corre-te os dedos um a um. Ó por excelência Iluminado, rio-ponte, lua verde, .........................................................................manuelina espádua. Não precisas de te banhar: água és, Senhor: ........................eu, uma tua escrava. Lavo-me no que nem sequer pensaste, e fico-te raiz pelas palavras, |
Ficus............................ |
Buda arquictónico, na floresta meditas como no deserto Cristo - em quê ? Acaricio-te como a um pergaminho que lê o seu próprio manuscrito. Siddartha - pequeno e grande Buda sem chagas visíveis - volta ................................o rosto para aqui. É de batráquio o teu olhar oblíquo - não desejas, não sofres. Não falas, não sofres. .....................Um demónio em mini-saia acende fósforos para que o vejas.................. ..............................................Não vês, não sofres.............................. Não ouves - ou sentes o rumor das tuas próprias folhas em sílabas de outono cadentes e s t r ............e........l........a..........s............... Outro igual a ti é teu reverso: Palavras, disse-as - sofrendo. Ouviu apupos - sofreu-os. Queria dizer: à flor eruptiva do pensamento, os opostos trazem na língua o mesmo sabor ......................................a salsa e a louro.................................... Esforço-me por falar no teu código, mas se não sofres é porque não .................................................lembras.......................................... Se não tens memória de ti ........................................ainda menos dos outros............................... .......................Não entendes ................................ Mas acordas numa vagina de sal, .....................................................quando falo em labaredas. Em manifesto de alegria, pede-se à vida uma orgia de silêncio. Ficus religiosa .................................................. |