Apocalipse segundo S. João (2)

S. JOÃO

Segundo a Bíblia dos Capuchinhos

Capítulos: 1-7; 8-14; 15-22


Ap 8

O sétimo selo e o turíbulo1Quando Ele abriu o sétimo selo, fez-se no céu um silêncio de cerca de meia hora. 2Depois vi os sete anjos que estão de pé diante de Deus. Foram-lhes entregues sete trombetas.

3Veio, então, outro anjo com um turíbulo de ouro e deteve-se junto do altar. Deram-lhe muitos perfumes para oferecer com as orações de todos os santos, sobre o altar de ouro que está diante do trono. 4E, da mão do anjo, o fumo dos perfumes subiu diante de Deus, juntamente com as orações dos santos. 5Depois, o anjo tomou o turíbulo, encheu-o de brasas do altar e lançou-o à terra. Houve, então, trovões, estrondos, relâmpagos e um terramoto.

As quatro primeiras trombetas6Seguidamente, os sete anjos que tinham as sete trombetas prepararam-se para as tocar.

7Quando o primeiro anjo tocou a trombeta, houve granizo e fogo misturado com sangue que foram lançados sobre a terra: a terça parte da terra, a terça parte das árvores e toda a erva verde foram queimadas.

8Quando o segundo anjo tocou a trombeta, uma espécie de grande montanha de fogo foi lançada ao mar: a terça parte do mar transformou-se em sangue; 9morreu a terça parte dos seres vivos do mar e a terça parte dos barcos foi destruída.

10Quando o terceiro anjo tocou a trombeta, caiu do céu uma grande estrela que ardia como uma tocha chamejante. Caiu sobre a terça parte dos rios e sobre as nascentes das águas. 11O nome da estrela é «Absinto»: uma terça parte das águas transformou-se em absinto e muitos homens morreram por causa das águas que se tinham tornado amargas.

12Quando o quarto anjo tocou a trombeta, foi atingida a terça parte do Sol, a terça parte da Lua e das estrelas, de modo que se obscureceu a terça parte deles e o dia perdeu um terço do seu esplendor, assim como a noite. 13Na visão ouvi também uma águia que voava no mais alto do céu e dizia com voz forte: «Ai, ai, ai dos habitantes da terra por causa do som das trombetas que os três últimos anjos vão tocar!»


Ap 9

Quinta e sexta trombetas1Quando o quinto anjo tocou a trombeta, vi uma estrela do céu cair sobre a terra e foi-lhe entregue a chave do poço do Abismo. 2Abriu o poço do Abismo e subiu dele uma fumarada semelhante à de uma grande fornalha. O Sol e o ar escureceram-se com a fumarada do poço. 3E, do fumo, saíram gafanhotos que se espalharam pela terra; foi-lhes dado um poder semelhante ao dos escorpiões da terra. 4Foi-lhes dito que não danificassem a erva da terra, toda a verdura e todas as árvores, mas tão somente os homens que não tivessem o selo de Deus na sua fronte. 5Não lhes foi permitido matá-los mas unicamente atormentá-los durante cinco meses. E o seu tormento era semelhante à picada de um escorpião. 6Nesses dias, os homens procurarão a morte, mas não a encontrarão; desejarão morrer, mas a morte fugirá deles.

7Os gafanhotos tinham a aparência de cavalos aparelhados para o combate; tinham na cabeça algo semelhante a coroas douradas e a sua fisionomia era semelhante à dos homens; 8tinham cabelo semelhante ao cabelo das mulheres e seus dentes eram semelhantes aos dos leões. 9O seu tórax era parecido a uma couraça de ferro e o rumor das suas asas era semelhante ao estrépito de carros de muitos cavalos a correr para a batalha. 10Tinham também caudas munidas de aguilhões semelhantes às do escorpião e, nas caudas, tinham o veneno para danificar os homens durante cinco meses. 11Sobre eles reina o anjo do Abismo cujo nome, em hebraico, é «Abadon» e, em grego, «Apolion». 12Passou o primeiro «ai». Depois disto, virão ainda dois «ais».

13Quando o sexto anjo tocou a trombeta, ouvi uma voz que saía dos quatro ângulos do altar de ouro que está diante de Deus 14e que dizia ao sexto anjo que tinha a trombeta: «Solta os quatro anjos que estão acorrentados junto ao grande rio Eufrates.» 15E foram soltos os quatro anjos que estavam preparados para a hora, o dia, o mês e o ano em que deveriam matar a terça parte da humanidade. 16O número das tropas de cavalaria era de duzentos milhões; ouvi o seu número.

17Na visão, vi também os cavalos e os respectivos cavaleiros que vestiam couraças de fogo, de jacinto e de enxofre; as cabeças dos cavalos eram semelhantes a cabeças de leões; e das suas bocas saía fogo, fumo e enxofre. 18A terça parte dos homens foi destruída por estas três pragas, isto é, pelo fogo, fumo e enxofre que saíam das suas bocas. 19Os cavalos têm a sua força na boca e na cauda pois as suas caudas são semelhantes a serpentes com cabeças e, com elas, é que fazem mal.

20Quanto ao resto dos homens, os que não foram mortos por estes flagelos não se arrependeram das suas más acções: da adoração dos demónios, dos ídolos de ouro, de prata, de bronze, de pedra, de madeira, os quais não podem ver nem ouvir nem caminhar. 21Não se arrependeram dos seus homicídios, nem das suas feitiçarias, nem das suas devassidões, nem das suas rapinas.


Ap 10

O anjo e o livrinho1Depois, vi um outro anjo poderoso, que descia do céu envolto numa nuvem. E havia uma auréola sobre a sua cabeça; o seu rosto era como o Sol e os seus pés como colunas de fogo; 2na mão trazia um livrinho aberto. Colocou o pé direito sobre o mar e o esquerdo sobre a terra. 3E bradou com voz forte, semelhante ao rugido de um leão. Depois do seu brado, os sete trovões fizeram ouvir os seus estrondos. 4E quando os sete trovões fizeram ouvir os seus estrondos, eu preparei-me para escrever. Então, ouvi uma voz do céu que dizia: «Guarda o que disseram os sete trovões e não o escrevas.» 5E o anjo que eu tinha visto sobre o mar e sobre a terra levantou a mão direita ao céu 6e jurou pelo que vive pelos séculos dos séculos,

o qual criou o céu e tudo o que nele existe,
a terra e tudo o que nela existe,
o mar e tudo quanto nele existe:

«Terminou o prazo. 7E, nos dias em que se ouvir a voz do sétimo anjo – quando ele iniciar o toque da trombeta – então se cumprirá o desígnio de Deus, como Ele tinha anunciado aos seus servos, os profetas.»

8Depois, a voz do céu, que eu tinha ouvido antes, falou-me de novo: «Vai, toma o livro aberto da mão do anjo que está de pé sobre o mar e sobre a terra.» 9Aproximei-me do anjo e pedi-lhe para me entregar o livrinho. Ele disse-me: «Toma e come-o. Ele vai amargar-te nas entranhas, mas, na tua boca, será doce como mel.» 10Tomei o livrinho das mãos do anjo e comi-o: na minha boca era doce como mel; mas, depois de o comer, as minhas entranhas encheram-se de amargura.

11Depois, disseram-me: «É necessário que continues a profetizar contra muitos povos, nações, línguas e reinos.»


Ap 11

As duas testemunhas1Depois, deram-me uma cana semelhante a uma vara de medir e disseram-me: «Levanta-te e mede o templo de Deus, o altar e os adoradores que lá se encontram. 2Mas o pátio exterior do templo, deixa-o de lado; não o meças porque ele foi entregue aos pagãos, assim como a cidade santa, que eles calcarão aos pés durante quarenta e dois meses. 3E enviarei as minhas duas testemunhas que hão-de profetizar, vestidas de luto, durante mil duzentos e sessenta dias.»

4Estas duas testemunhas são as duas oliveiras e os dois candelabros que estão diante do Senhor da terra. 5Se alguém quiser fazer-lhes mal, sairá fogo da sua boca para devorar os seus inimigos; deste modo, se alguém tentar fazer-lhes mal, morrerá certamente. 6Eles têm o poder de fechar o céu para que a chuva não caia no tempo da sua profecia. E têm, igualmente, o poder de mudar as águas em sangue, de modo a provocar na terra toda a espécie de flagelos, sempre que o desejem fazer.

7E, quando terminarem de dar testemunho, a Besta que sobe do Abismo lutará contra eles, vencê-los-á e dar-lhes-á a morte. 8Os seus cadáveres ficarão na praça da grande cidade, que se chama, simbolicamente, Sodoma e Egipto, precisamente onde o seu Senhor foi crucificado. 9E, durante três dias e meio, homens de vários povos, tribos, línguas e nações contemplarão os seus cadáveres e não permitirão que sejam sepultados.

10Os habitantes da terra se felicitarão pela sua morte, farão festa e se presentearão mutuamente; porque eles, os dois profetas, tinham sido um tormento para a humanidade.

11Mas, depois desses três dias e meio, um sopro de vida, enviado por Deus entrou neles: puseram-se de pé e um grande terror caiu sobre os que os viram. 12Então, as duas testemunhas ouviram uma voz forte que vinha do céu e lhes dizia: ‘Subi para aqui’. E eles subiram ao céu numa nuvem, à vista dos seus inimigos; 13nesse momento, houve um grande tremor de terra: ruiu a décima parte da cidade e morreram no terramoto sete mil pessoas. Os sobreviventes, aterrorizados, deram glória ao Deus do céu.

14O segundo ‘ai’ passou. O terceiro ‘ai’ virá brevemente.»

A sétima trombeta15Quando o sétimo anjo tocou a trombeta, ouviram-se grandes aclamações no céu:

«O reinado sobre o mundo
foi entregue a nosso Senhor
e a seu Cristo;
Ele reinará pelos séculos dos séculos.»

16Então, os vinte e quatro anciãos – os que estão sentados nos seus tronos diante de Deus com o rosto por terra – adoraram a Deus, 17aclamando:

«Nós te damos graças, Senhor Deus Todo-Poderoso,
que és e que eras,
porque assumiste o teu grande poder
e entraste na posse do teu reinado.
18Enfureceram-se as nações,
mas chegou a tua ira
e o momento de julgar os que morreram
e de dar a recompensa aos teus servos,
aos profetas, aos santos
e aos que temem o teu nome, pequenos e grandes;
chegou o momento de destruir os que corrompiam a terra.»

19Depois, abriu-se no céu o santuário de Deus e apareceu a Arca da aliança. E houve relâmpagos, estrondos, trovões, um tremor de terra e uma tempestade de granizo.


Ap 12

Primeiro sinal: a) A Mulher e o Menino (Gn 3,14-16) – 1Depois, apareceu no céu um grande sinal: uma Mulher vestida de Sol, com a Lua debaixo dos pés e com uma coroa de doze estrelas na cabeça. 2Estava grávida e gritava com as dores de parto e o tormento de dar à luz.

3Apareceu ainda outro sinal no céu: era um grande dragão de fogo com sete cabeças e dez chifres. Sobre as cabeças tinha sete coroas e, 4com a sua cauda, varreu a terça parte das estrelas do céu e lançou-as à terra. Depois colocou-se diante da Mulher que estava para dar à luz, a fim de lhe devorar o filho quando ele nascesse. 5Ela deu à luz um filho varão. Ele é que há-de governar todas as nações com ceptro de ferro. Mas o filho foi-lhe arrebatado para junto de Deus e do seu trono. 6E a Mulher fugiu para o deserto onde Deus lhe preparou um lugar, de modo a não lhe faltar aí o alimento durante mil duzentos e sessenta dias.

b) Miguel e o Dragão7Depois, travou-se uma batalha no céu: Miguel e seus anjos declararam guerra ao Dragão. O Dragão e os seus anjos combateram, 8mas não resistiram. E nunca mais encontraram lugar no céu: 9o grande Dragão, a Serpente antiga – a que chamam também Diabo e Satanás – o sedutor de toda a humanidade, foi lançado à terra; e, com ele, foram lançados também os seus anjos. 10Então ouvi uma voz forte no céu que aclamava:

«Eis que chegou o tempo da salvação,
da força e da realeza do nosso Deus
e do poder do seu Cristo!
Porque foi precipitado o Acusador dos nossos irmãos,
o que os acusava diante de Deus, dia e noite;
11mas eles venceram-no pelo sangue do Cordeiro
e pelo testemunho da sua palavra
e não amaram mais a vida que a morte.
12Alegrai-vos, pois, ó céus, e vós que neles habitais!
Ai da terra e do mar
porque o Diabo caiu sobre vós com grande furor,
ao ver que pouco tempo lhe resta.»

c) O Dragão contra a Mulher13Quando o Dragão se viu precipitado na terra, lançou-se na perseguição da Mulher que tinha dado à luz um Menino. 14Mas à Mulher foram dadas as duas asas da águia real, a fim de voar para o seu refúgio, no deserto, onde ia ser alimentada durante três anos e meio, longe da Serpente. 15Então, a Serpente, na perseguição da Mulher, lançou da sua boca um rio de água, a fim de a arrastar na corrente. 16Mas a terra veio em socorro da Mulher: abrindo a sua boca, a terra engoliu o rio que o Dragão tinha lançado atrás da Mulher. 17E, furioso contra a Mulher, o Dragão foi fazer guerra contra o resto da sua descendência, isto é, os que observam os mandamentos de Deus e guardam o testemunho de Jesus. 18Depois colocou-se na areia da praia.


Ap 13

Segundo sinal: a Besta marítima (Dn 7,1-8) – 1Depois vi uma Besta que subia do mar. Tinha dez chifres e sete cabeças; sobre os chifres tinha sete coroas, e sobre as cabeças tinha nomes blasfemos. 2Vi que a Besta era semelhante a um leopardo; as suas patas eram semelhantes às do urso e a sua boca era como a do leão. O Dragão deu-lhe a sua própria força, o seu trono e grande poder.

3Uma das suas cabeças parecia ferida de morte; mas a ferida mortal tinha sido curada. E, maravilhados, todos os habitantes da terra foram atrás da Besta. 4E adoraram o Dragão porque tinha dado o seu poder à Besta. E adoraram também a Besta, aclamando:

«Quem semelhante à Besta?
E quem poderá lutar contra ela?»

5E foi-lhe dada uma boca para proferir palavras eloquentes e blasfemas. Deram-lhe também o poder de agir durante quarenta e dois meses. 6Então, abriu a boca para proferir blasfémias contra Deus, contra o seu nome, contra a sua morada e contra os que têm morada no céu.

7Foi-lhe dado, ainda, o poder de fazer guerra contra os santos e de os vencer, assim como o poder sobre todas as tribos, povos, línguas e nações. 8E adoraram-na todos os habitantes da terra, aqueles cujos nomes não estão escritos, desde o princípio do mundo, no livro da Vida do Cordeiro, que foi imolado.»

9Quem tem ouvidos, ouça:
10O que está destinado ao cativeiro,
irá para o cativeiro;
se alguém matar pela espada,
pela espada morrerá.
Aqui está a constância e a fé dos santos.

Terceiro sinal: a Besta terrestre11Vi ainda outra Besta que subia da terra; tinha dois chifres como um cordeiro, mas falava como um dragão. 12Tinha todo o poder da primeira Besta e exercia-o na sua presença. Obrigava todo o mundo e os seus habitantes a adorar a primeira Besta – a que tinha sido curada da ferida mortal. 13E realizava maravilhosos prodígios; até mesmo o de fazer descer fogo do céu, à vista dos homens. 14Com o poder que tinha de realizar prodígios na presença da Besta, enganava os habitantes da terra, incitando-os a fabricar uma estátua da Besta que fora ferida pela espada, mas tinha sobrevivido. 15Até lhe foi dado o poder de dar vida à estátua da Besta, a ponto de ela falar e dar a morte a quantos não adorassem a estátua da Besta.

16E a todos, pequenos e grandes, ricos e pobres, livres e escravos, marcou-os com um sinal na mão direita ou na fronte. 17E assim, quem não tivesse o sinal, o nome da Besta ou o número do seu nome não podia comprar nem vender.

18Aqui é preciso sabedoria: o que é inteligente decifre o número da Besta, que é um número de homem; o seu número é seiscentos e sessenta e seis.


Ap 14

Quarto sinal: Os 144000 e o Cordeiro1Na visão apareceu o Cordeiro; estava sobre o Monte Sião e, com Ele, estavam cento e quarenta e quatro mil pessoas que tinham o seu nome e o nome de seu Pai escrito nas frontes. 2Ouvi também uma voz que vinha do céu que era como o fragor do mar ou como estrondo de forte trovão. A voz que eu ouvira era ainda semelhante à música de harpas tocadas por harpistas. 3E cantavam um cântico novo diante do trono, diante dos quatro seres viventes e diante dos anciãos.

Ninguém podia aprender aquele cântico a não ser os cento e quarenta e quatro mil que tinham sido resgatados da terra. 4Estes são os que não se perverteram com mulheres, porque são virgens; estes são os que seguem o Cordeiro para toda a parte. Foram resgatados, como primícias da humanidade, para Deus e para o Cordeiro. 5Na sua boca não se achou mentira: são irrepreensíveis.

Quinto sinal: os anúncios dos três anjos6Vi ainda outro anjo que voava no mais alto do céu. Era portador de uma Boa Nova de valor eterno para anunciar aos habitantes da terra: a todas as nações, tribos, línguas e povos. 7E clamava:

«Reverenciai a Deus e dai-lhe glória,
porque chegou a hora do seu julgamento.
Adorai o Criador do céu, da terra,
do mar e das nascentes das águas!»

8Um outro anjo, o segundo, seguiu o primeiro anjo, dizendo:

«Caiu, caiu a grande Babilónia,
a que deu a beber a todas as nações
o vinho do furor da sua prostituição.»

9Ainda um terceiro anjo seguiu os dois primeiros e clamava com voz forte:

«Se alguém adorar a Besta e a sua estátua
e receber na sua fronte ou na mão o sinal da Besta,
10esse também há-de beber do vinho do furor de Deus,
derramado sem mistura na taça da sua ira,
e será atormentado com fogo e enxofre,
diante dos santos anjos e diante do Cordeiro.
11O fumo do seu tormento subirá pelos séculos dos séculos,
pois, os que adoram a Besta e a sua estátua e levam a marca do seu nome
não terão descanso nem de dia nem de noite.
12Nisto é que se manifesta a constância dos santos,
isto é, dos que guardam os mandamentos de Deus
e a fidelidade a Jesus.»

Sexto sinal: três mensagens13Depois, ouvi uma voz que vinha do céu e me dizia:

«Escreve: Felizes os que de agora em diante
morrerem em união com o Senhor!
Assim é – diz o Espírito;
que descansem dos seus trabalhos,
pois as suas obras os acompanham.»

14Seguidamente, na visão, apareceu uma nuvem branca. Sobre a nuvem estava sentado alguém que se parecia com um homem. Tinha na cabeça uma coroa de ouro e na mão uma foice afiada.

15Depois saiu do santuário um outro anjo que gritava ao que estava sentado na nuvem:

«Lança a tua foice e ceifa,
porque chegou o tempo de ceifar.
Está madura a seara da terra.»

16Então, o que estava sentado na nuvem lançou a foice à terra e a terra foi ceifada.

17Depois saiu outro anjo do santuário celeste que também trazia uma foice afiada. 18E, do altar, saiu ainda outro anjo, o que tem poder sobre o fogo. E gritou ao anjo que tinha a foice afiada:

«Manda a tua foice afiada
e vindima os cachos da vinha da terra;
porque as uvas já estão maduras.»

19O anjo lançou a foice à terra, vindimou a vinha da terra e lançou as uvas no grande lagar da ira de Deus. 20O lagar das uvas foi pisado fora da cidade e do lagar saiu tanto sangue que chegava aos freios dos cavalos num raio de umas sessenta léguas.