venda das raparigas . britiande . portugal . abertura: 2006 |
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TRABALHOS DE UMA LENHADORA |
SEGUNDA PARTE |
Deu-se por impraticável salvar o pomar, e só uma grande máquina conseguiu limpar e lavrar o terreno. Infelizmente não se descobriu marmeleiro nenhum, mas descobriu-se a mina. O salgueiro que nascia do poço está ligeiramente amputado, mas ainda não desistimos de o salvar. |
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Os primos juntam-se atrás do senhor João Lima, que esclarece quais os limites do território, descobre o poço, mas não encontra a mina. Poço e mina são as duas atrações deste campo. O regato, se vier a ser despoluído, será atração ainda maior. |
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Uma imensa máquina limpa o terreno, que, três dias depois, ficaria lavrado, sem árvores, por isso desolado. Em Novembro passa-se à plantação de árvores: um castanheiro, uma amendoeira, um pinheiro, um medronheiro, uma oliveira, e depois se verá mais. |
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A máquina abriu mais o caminho desde a Quelha da Azenha até ao campo. |
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Caminho aberto para o campo, ao fundo. |
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Descoberta sensacional: a mina. Veremos o que se poderá fazer com ela no futuro, se tiver água. Uma cobrita verde fugiu aterrorizada para as suas entranhas, ao ouvir os meus passos. |
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A mina, debaixo de majestosas árvores, dá nobreza ao terreno. |
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Por cima da mina, as raízes da árvore ficaram à mostra e o solo está inseguro. |
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Terreno inseguro sobre a mina, é preciso fixar a terra com plantas: heras? |
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O canto dos pássaros ouve-se no campo da Quelha da Azenha, para encantamento nosso. |
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O salgueiro que bebia no poço ficou mutilado, é preciso limpar a cisterna e cortar a árvore de modo a que rebente de novo. O Henrique fará uma tampa em meia lua para o proteger. |
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O regato onde outrora colhíamos agriões para a salada agora está podre. |
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De todas as árvores cultivadas que existiam no
campo da Quelha da Azenha, só a nogueira estava em condições de ser poupada
à morte. Veremos se as nozes são boas. |
Britiande, 13 de Setembro de 2010 |
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