"Sou maçarico nestas coisas da Internet. (Maçarico, como se dizia nos meus tempos de tropa continental). E também sou periquito (expressão paralela mas já com conotações ultramarinas...) no vasto mundo dos blogs, dos sites e das páginas ora políticas ora culturais que felizmente vão fazendo a diferença, ou o defeito (para utilizar termos desse monstro ignoto dos meus e dos de outrem tempos escolares, a matemática) no mundo em que nos movemos mediante clics interactivos. Trocado por miúdos: depois de andar, durante algum tempo, tenteando este novo brinquedo que é ver o universo através de um écran de computador, vim acabar por ora a minha viagem aqui no TriploV. Sem saber ler nem escrever (é uma maneira de falar...) fiquei sendo um habitué destas incursões pela comunicação que a todos nos agrega: e aqui leio o ensaio e a crónica, o estudo puxado sobre o tempo do mundo e sobre as cores que os envolvem, como se fosse, sendo de facto, um encantado primitivo dos tempos em que só se lia e só se escrevia em papel e pelo papel.

Segundo me contam tenho ido até à América e já estiveram na minha sala real pessoas das Áfricas e da pobre Europa, a lá de fora, a que não tem a fortuna de possuir selecção para nos salvar a todos e se safa porque tem homens suaves e argutos como por exemplo o Villepin...

Em suma: o maior mérito que eu encontro no TriploV é existir mesmo. (O Savater e os colegas que, aguçosos, expliquem os porquês!)

E o maior defeito será: não ser, enquanto continente de escrita e de leitura, pelo menos do tamanho do Sahara. Interactivamente falando isso seria muito, seria mesmo quase tudo - pois nos impediria acções destrutivas como, em desespero de causa e se mal nos precatamos, ainda lermos alguns desses jornais lusos com que o outro universo nos vai chagando o dia-a-dia...

Isto deve ser o meu espírito não catrastofista a falar. E fico por isso muito contente. - NS"