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Emil Cioran (Raşinari, 8 de abril de 1911 — Paris, 20 de junho de 1995) foi um escritor e filósofo romeno radicado na França. Em 1949, ao publicar "précis de decomposition", passa a assinar E.M. Cioran, influenciado por E.M. Forster - esse "M" não tem nenhuma relação com outros nomes do filósofo (como Michel, Mihai, etc.)
Um dos melhores conhecedores da obra de Cioran é o filósofo espanhol Fernando Savater.
Emil Cioran nasceu em Răşinari, Condado de Sibiu (na Transilvânia, parte do território Austro-Húngaro na época). Seu pai, Emilian Cioran era um padre Romeno Ortodoxo e a mãe, Elvira Cioran (sobrenome Comaniciu) era originária de Veneţia de Jos, um povoado próximo a Făgăraş. O pai de Elvira, Gheorghe Comaniciu, era tabelião e ganhou o título de barão pelas autoridades imperiais. Assim, pode-se dizer que Emil Cioran, em virtude da linhagem materna pertencia a uma pequena família de nobres na Transilvânia.
Após estudar Ciências Humanas no colégio Gheorghe Lazăr em Sibiu, Cioran começou a estudar Pedagogia na Universidade de Bucareste aos 17 anos. Ao ingressar na Universidade, aproximou-se de Eugène Ionesco e Mircea Eliade, os três permaneceriam amigos por muitos anos. Fez amizade com os futuros filósofos romenos Constantin Noica e Petre Ţuţea durante o período em que receberam ensinamentos de Tudor Vianu e Nae Ionescu. Cioran, Eliade e Ţuţea tornaram-se adeptos das idéias de seu mestre Nae Ionescu – ou seja, uma corrente denominada Trăirism, que mesclava o Existencialismo com idéias comuns às várias formas do Fascismo.
Absorvendo influências Germânicas, seus primeiros estudos centralizaram-se em Emmanuel Kant, Arthur Schopenhauer, e principalmente Friedrich Nietzsche. Tornou-se um agnóstico, tomando por axioma “a inconveniência da existência”. Durante seus estudos na Universidade, Cioran também foi influenciado pelas obras de Georg Simmel, Ludwig Klages e Martin Heidegger, e também pelo filósofo russo Lev Shestov, que aliou a crença na arbitrariedade da vida à base de seu pensamento. Cioran graduou-se com uma tese sobre Henri Bergson; mais tarde, porém, renegaria Bergson, alegando que este não compreendera a tragédia da vida.
Algumas obras:
Mon pays/Ţara mea ("My country”, written in French, the book was first published in Romania in a bilingual volume), Humanitas, Bucharest, 1996
Précis de décomposition ("A Short History of Decay"), Gallimard 1949
Syllogismes de l'amertume (tr. "All Gall Is Divided"), Gallimard 1952
La tentation d'exister ("The Temptation to Exist"), Gallimard 1956 English edition: ISBN 0-226-10675-6
Histoire et utopie ("History and Utopia"), Gallimard 1960
La chute dans le temps ("The Fall into Time"), Gallimard 1964
Le mauvais démiurge (literally The Poor Demiurge; tr. "The New Gods"), Gallimard 1969
De l'inconvénient d'être né ("The Trouble With Being Born"), Gallimard 1973
Écartelèment (tr. "Drawn and Quartered"), Gallimard 1979
Exercices d'admiration 1986, and Aveux et anathèmes 1987 (tr. and grouped as "Anathemas and Admirations")
Cahiers ("Notebooks"), Gallimard 1997
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