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II BIENAL DE POESIA
SILVES. 2005 |
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IVO MIGUEL BARROSO
As portas que Abril abriu
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Sejamos a cal evadida, examinemos o destino das estrelas,
a matéria imanente.
As armas têm um nome, um lençol de água exorbitante,
encoberto nos múltiplos rochedos, na excessiva face negra,
no grito profano das anémonas nocturnas. |
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Abril mês quente, sumptuoso;
conduz à claridade, sob o cais da minha boca.
Este é o silêncio celeste, nas nascentes vivas da terra,
desfiando a carne e os moinhos,
o fruto da embriaguez.
um nome por dentro, os desígnios da luz,
o esplendor ébrio de rosas sangradas,
emoldurando o céu, pólo de deslumbrados aromas. |
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Para vós me dirijo, ó noites do mundo, galerias do tempo.
Digo:
estes, que aqui vedes, são os fundamentos, as pinturas antigas,
testemunhos, retratos, biografias;
a força de um momento,
o poder de transfigurar o mundo exacto. |
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Ivo Miguel Barroso
Ivo Miguel Barroso é licenciado em Direito, pela Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa.
É Docente desta Faculdade, tendo publicado textos de carácter jurídico.
Em Abril de 1993, publicou os primeiros poemas. Tem colaboração em revistas literárias e em antologias. |
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SILVES, CAPITAL DA PALAVRA ARDENTE |
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