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:::::::::::::::::::::::::::::::Maria Azenha
estavas linda Inês posta em sossego
foram escritos pela noite os poemas
que hoje deixei gravados na pedra
com a luz branca do teu nome
passavam as aves e o álbum vivo
das folhas mortas
à beira do rio do teu coração
breve
levavas um ramo de flores de tempestades
levava-lo ao colo
era o sinal do ritual macabro
morta em tua fronte agora
de neve
repousa a luz liberta
a mais pura taça onde este poema
morre
Texto apresentado ao Filo-Café "Inês de Castro", Vigo, 5.11.2005
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