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BRASIL . MINAS GERAIS
Diamantina e o seu casario português

Diamantina, terra de Juscelino Kubitschek de Oliveira, carinhosamente recordado pelos habitantes, em casas, monumentos e palavras, é uma cidade encantadora, que não nos cansamos de fotografar. Sentimo-nos, na sua brancura delineada a azul, amarelo, vermelhão e tantas outras cores, no capricho do emolduramento de portas a vitral, das varandas e janelas protegidas com ferro forjado ou treliça, sentimo-nos nela como em Portugal. É uma cidade profundamente portuguesa, por dentro e por fora. Tudo nela se admira, desde a calçada, íngreme, de escorregadias lajes escuras, até aos telhados que toucam as casinhas tão graciosas que mais parecem de brincar. E de fato, muito deste ambiente tem sido cenário de telenovelas, a principal delas Chica da Silva, cuja casa mostramos noutro lugar.

Andámos pelo garimpo e pelas igrejas, pelo mato e pela Rua Direita, e nada mais luso que esta designação para ruas que às vezes até são bastante tortas.

Fiquem as imagens a adoçar a boca, para legendas já o tempo e o saber escasseiam.

Maria Estela Guedes
Odivelas, 24 de Outubro de 2010

 

Sé Catedral. Muito despojada de ouro porque a construção é recente.

As presença da Maçonaria no tecido urbano é comum no Brasil

Em cima e em baixo: O capricho da ornamentação das fachadas manifesta-se na treliça, no jogo das cores, no ferro forjado e na madeira entalhada.

A Casa da Intendência, à direita, data do século XVII
Em cima, o antigo entreposto comercial do Arraial do Tejuco, naturalmente reconstituído. Em baixo, os bordados portugueses. Em Diamantina também se tecem tapetes de Arraiolos.

A treliça é o entrelaçado do bambu ou das ripinhas de madeira, à maneira de cestaria, usado nas janelas, em peças de mobiliário e também como revestimento dos tectos. Treliça de taquara, no caso do bambu.
Uma coisa especialmente bela, que hoje pertence à Universidade: a Ponte da Glória, a ligar dois belos edifícios. Decerto deu passagem a muitas visitas secretas...

Casa do Muxarabié, única de influência árabe. Muxarabié é o caixote à esquerda, em treliça, que permite observar a rua sem ser visto.

 

 

 

 

 

 

 

 


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