VIAGEM A MACHU PICCHU (Agosto de 2007)
/ Perú / Maravilha do Mundo TriploV : Fotos e legendas de Maria Estela Guedes 26-09-2007 www.triplov.com |
Recorda-se, nestas e noutras imagens, a publicar com tempo, uma viagem ao Perú, à Bolívia e ao Brasil, realizada em Agosto e Setembro de 2007 por Ana Luísa Janeira e Maria Estela Guedes. Infelizmente, no Perú, a nossa viagem foi limitada no espaço e no tempo, e mesmo na nossa intervenção (devíamos ir a um Encontro de Literatura Portuguesa, na Universidade de São Marcos, em Lima), por causa do terramoto, a 15 de Agosto. Destruiu três cidades, entre elas, Ica, onde se localiza a famosa biblioteca do Dr. Cabrera, constituída por peças arqueógicas de pedra e cerâmica, gravadas com caracteres e desenhos. Uma delas mostra um transplante de coração, segundo Robert Charroux, em "O enigma dos Andes". Em Lima, o terramoto não causou muitos estragos, mas pôs em pânico os habitantes: ao ouvirem estrondos e ao verem objectos saltarem no espaço, não se aperceberam de que era um terramoto, pensaram estar a ser bombardeados. Machu Picchu foi recentemente elevado à categoria de maravilha do mundo. Tem bastantes turistas, mas nada que se compare aos magotes que enchem as ruínas da civilização clássica, na bacia do Mediterrâneo. O acesso é muito mais difícil e a viagem não se recomenda a pessoas que sofram de doenças cardíacas, respiratórias, ou que se ressintam excessivamente da falta de conforto. A América Latina é em grande parte uma favela monumental. Vemos cenas terríveis de falta de higiene, as infra-estruturas são precárias, as cidades são feias e monótonas, salvo excepções como Cuzco, muito bela e bem conservada. O lago Titicaca é belo, quer na parte boliviana quer na peruana, é enriquecedor o conhecimento das Missões jesuíticas na região de Chiquitos, Bolívia. Ao lado destes dois países, e mesmo de outros, europeus, o Brasil é uma superpotência. País a que regressamos como a casa, com um suspiro de alívio, país de que temos saudades, quando estamos longe e em sofrimento. Nós não andámos a fazer turismo: entre peregrinação e "expedição punitiva" - como classificou a nossa viagem Hildebrando Pérez Grande, escritor peruano que nos foi dando apoio por e-mail - direi que realizámos uma viagem. Não foi uma expedição de naturalistas do século XIX nem um passeio turístico, mas algo intermédio, mais próximo das dificuldades da primeira. Em certos aspectos, uma iniciação, sim. Sobretudo nos segredos no Nosce te ipsum. Britiande, 28 de Setembro de 2007 |