Para testarmos o passeio judeu, e vermos onde poderíamos dormir, metemos ombros a uma viagem de um dia pelo itinerário escolhido, no nordeste transmontano, sempre que viável acompanhando o rio Douro. Saímos às oito e meia da manhã e chegámos a casa perto das oito da noite. Só parámos para almoçar, em Barca d'Alva, e para apreciar a paisagem, no miradouro do Penedo Durão. Se não há muito rasto visível de judeus, já o percurso é um deslumbramento, em especial na zona do Parque Natural Douro Internacional. Para os que não conhecem a região, outro atractivo é o xisto, rocha que vai sucedendo ao granito à medida que nos aproximamos da fronteira. As aldeias com casas de xisto são belíssimas, como Urros. Pena que nem todas estejam recuperadas.

Não testámos a visita às gravuras rupestres, não houve tempo. Alguns pontos do itinerário primitivo foram substituídos, com vantagem para a observação do nosso património construído.

É necessário reservar dormida nas Moradias do Douro Internacional, em Congida, com muita antecedência, pois a ocupação dos apartamentos é total ao longo do ano. São dez moradias, cada uma com capacidade para cinco pessoas. Vamos tentar dormir o melhor possível em comunidade. Tenha em mente todos estes factores ao inscrever-se, e inscreva-se por isso até ao fim do mês.

Temos a intenção de completar o quadro religioso com mais dois itinerários na região de Trás-os-Montes e Alto Douro: o Passeio islâmico, a lugares onde existem lendas de mouras encantadas, em geral povoações com castelo; e o Passeio cristão, que naturalmente há-de focar catedrais, ermidas e santuários.

Em princípio, estes três passeios repetir-se-ão duas ou três vezes por ano, de modo que as inscrições vão ficar abertas em permanência.

Maria Estela Guedes (TriploV /CICTSUL)

estela @ triplov. com