FÁBIO ALEXANDRELLI
Os gregos com olhar apurado perceberam os prazeres e desgostos da existência. Inventaram jogos (Olimpíadas), política, arquitetura, dramaturgia e filosofia em busca/construção da Civilização. Criaram padrões que estão, hoje em dia, na maioria dos países. Beleza clássica! Homero com Ilíada e Odisseia representa paixões dos gregos. Força e ousadia. Seus destemperos são punidos pelos deuses. Deuses que não estão além do humano e muitas vezes, encontram-se com o humano. Zeus escapava de Hera, para relações fortuitas com belas humanas. A filosofia deles ainda está entre nós, dia a dia, e reflexões cada vez mais pertinentes: “Caverna de Platão”. A tecnologia não seria um mundo de sombras, luzes, virtualidade de bilhões? O sofrimento/sensibilidade do Grego produziram belezas inalcançáveis por nós que, hoje em dia, presos estamos na fútil futilidade da indústria cultural. Representação do mesmo com belíssimas formas, diga-se de passagem, assistiu e esqueceu; não produz grandes reflexões no turbilhão de imagens. Entretenimento infantil. Cálculo de emoções sem Aristóteles (catarse). Conteúdo pobre, repetitivo, chato, o senso-comum agraciado para mediocridade. A vida é única, mortal, passageira e trágica! Ninguém sairá vivo dessa experiência! Mais cedo ou tarde; exemplos não faltam, e céus uma quimera ilusória que não existia para os gregos. Um além eterno! Tempo congelado! Absurdo conceitual! O politeísmo dos gregos é de uma riqueza fantástica com paixões e virtudes humanas, demasiado humanas. Não há culpa e muito menos pecado. Olhar corajoso para o horizonte! Pedagogia para análise e reflexão. Olympo e Aquiles! Esse pequeno texto não é algo “intelectual”. Não, não, não! É sobre uma Civilização que há 3.000 anos continua viva, interessante, enigmática, ainda por cima e embaixo, tem muito para nos dizer sobre nosso existir (contemporâneo).