A concepção de arte para Stein radica na capacidade ou na possibilidade de se poder exprimir, completamente, o presente, o presente completo. Por isso, nas suas «plays» e «operas» tentou, rejeitando as categorias do drama aristotélicas (tempo, espaço, personagem ou carácter), encontrar um equivalente verbal para esse processo de exprimir aquilo que é observado. O resultado é, assim, que, como os seus “santos” nada mais fazem do que ser (santos), as suas coisas, as suas «ideias» de coisas (montanhas, vales, etc.) também se limitam a estar, a estar ali. GS tenta, então, que as cenas, nas suas peças, se imponham pelo seu peso próprio e pela singularidade da sua existência.
Aos espectadores é, por seu turno, solicitado não tentar entrar no universo emocional do seu teatro mas, muito simplesmente, observar o que se passa em cena como se estivessem diante de uma paisagem. Ou seja: é-lhes pedido que estejam lá: “A relação entre cada um a qualquer momento é tão exactamente isso que isso deixa de ter importância, a menos que se olhe para lá.” |