11, 12 e 13 de Dezembro, às 21.30, no TEATRO DA COMUNA
ANTÍGONA GELADA, de Armando Nascimento Rosa, com encenação de João Mota, numa produção do Cendrev, que estará em cena até 21 de Dezembro na sala nova do Teatro da Comuna, em Lisboa.
Interpretação: Álvaro Corte Real, Ana Meira, Jorge Baião, José Russo, Maria Marrafa, Rosário Gonzaga, Rui Neto, e Victor Zambujo.
Cenografia e figurinos: Sara Machado da Graça; Caracterização: Cecília Sousa; Iluminação: António Rebocho e João Mota
Duração do espectáculo: 1 hora e 45 minutos
Esta é uma Antígona transgénica, cuja acção decorre na colónia espacial de Tebas 9, em Caronte, o satélite natural de Plutão, planeta despromovido. Os enredos conhecidos estão modificados: Antígona é uma militar de carreira; Jocasta foi clonada e existem em cena duas mulheres com o seu nome; Tirésias é um engenheiro genético que já foi Eurídice; Édipo não se cegou mas, em vez disso, hiberna por vontade própria; Hémon é um performer, viúvo de Polinices; Creonte, o Chefe-maior de Tebas 9, esconde um crime ignóbil; Ismena é amante do tio e dirige o mais poderoso império mediático da colónia; a Esfinge foi uma cobaia híbrida, concebida nos laboratórios do Ministério da Defesa, no intuito de criar o soldado ideal...
Nesta peça que homenageia discretamente Philip K. Dick - no ano em que ele faria 80 anos se fosse vivo -, a tragédia de Antígona cruza-se com uma ficção científica, já muito próxima de nós. |