triplov.org...............................................................................V ENCONTRO DE TEATRO IBÉRICO
Évora 3-9 Dezembro/2007

Entrevista a José Russo
Por Maria Estela Guedes

José Russo, actor, é o director do Cendrev - Centro Dramático de Évora -
cujo lugar de acção é o lindo Teatro Garcia de Resende, em Évora.
Discreto, afável e modesto,
José Russo tem sido um dos pilares
dos Encontros, ao lado do coordenador,
Armando Nascimento Rosa
MEG - Este é o V Encontro de Teatro Ibérico. O que foi possível consolidar até aqui?

JR - Tratando-se de uma iniciativa que à partida implica o envolvimento das comunidades teatrais de Espanha e Portugal, a sua consolidação dependerá dos níveis de conhecimento recíproco de cada uma desta realidades que se forjam em condições substancialmente diferentes, ainda que no plano cultural existam afinidades capazes de promover projectos entre gente dos dois lados da fronteira. É aí que os nossos encontros aparecem enquanto espaço de cruzamento de ideias e de mostra do trabalho teatral de ambos os países, suscitando, dessa forma, aproximações capazes de criar novos olhares dentro do espaço ibérico.

MEG - Quais os objectivos destes encontros?

JR - Os objectivos consistem exactamente na promoção desses encontros entre gente de ambos os países ibéricos, por forma a permitir um maior e melhor conhecimento de ambas as realidades teatrais, dinamizando iniciativas que o facilitem e procurando criar aproximações a partir de ideias e projectos que juntem pelo menos um português e um espanhol.











José Russo, de perfil, e o dramaturgo Armando Nascimento Rosa, sorrindo para a fotógrafa, numa das sessões de teatro do V Encontro, no Teatro Garcia de Resende, em Évora

MEG - Que peças lhe despertaram mais atenção este ano?

JR - Uma resposta difícil porque participei na selecção. Diria que depende do ponto de vista em que me poderia colocar. De qualquer forma, o que me parece importante referir, nesta altura do campeonato, é que é muito gratificante verificar que uma mostra de teatro organizada com peças da nova dramaturgia ibérica está a concitar o interesse crescente do público. É um belíssimo sinal, tal como o é apresentarmos espectáculos produzidos num país cujo autor é do outro, ou ainda criações conjuntas.

MEG - Que subsídios tem tido numa iniciativa como esta, atendendo que o teatro tem sempre uma forte componente de oposição ao Poder estabelecido?

JR - Os apoios que temos conseguido para esta iniciativa são manifestamente reduzidos e, pior do que isso, é a circunstância de recebermos uma parte muito tempo depois da sua conclusão, o que nos cria naturalmente complicados exercícios de gestão, só ultrapassáveis, porque temos por detrás a estrutura do Cendrev que embora não tenha condições para assumir os encargos do Encontro no orçamento da companhia, tem conseguido até aqui manter o barco a navegar, sempre na expectativa de um reabastecimento, repetidamente prometido pelos administradores da cultura, num porto a que, pelos vistos, é muito difícil chegar. Mas como somos teimosos e não desistimos facilmente lá vamos navegando com o apoio da Câmara Municipal de Évora, do Gabinete de Iniciativas Transfronteiriças da CCDRA-Alentejo, do Hotel Íbis, do restaurante D. Joaquim e com a enorme generosidade dos artistas envolvidos e dos amigos e colaboradores que reunimos em torno do Fórum Teatral Ibérico, FTI
 
 
 
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