TEC - Teatro Experimental de Cascais
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"Aquário na gaiola", de Júlia Nery |
O Teatro Experimental de Cascais estreia dia 21 de Outubro, pelas 21h30, no Teatro Municipal Mirita Casimiro, no Monte Estoril, AQUÁRIO NA GAIOLA, de Júlia Nery, com encenação de Carlos Avilez. O espectáculo vai estar em cena até dia 13 de Novembro, de 3ª feira a Sábado às 21h30, Domingos às 16h00. |
Ficha Técnica |
Teatro Experimental de Cascais AQUÁRIO NA GAIOLA de Júlia Nery encenação: Carlos Avilez cenário e figurinos: Fernando Alvarez fotografias de cena: gravação e recolha de vídeo: Luís Gomes luminotecnia e direcção de montagem: Manuel Amorim sonoplastia e montagem: Augusto Loureiro contra-regra e montagem: Rui Casares assistência de ensaios e de contra-regra: Jorge Saraiva manutenção de guarda-roupa: Virgínia Pão-Mole Com Gonçalo Carvalho, Joana Bernardo, Teresa Côrte-Real Teatro Municipal Mirita Casimiro (Cruzeiro Monte Estoril) Quarta a Sábado às 21h30, Domingo às 16h00 5º feiras desconto de 50% - Condições especiais para estudantes Bilhetes à venda no Teatro, FNAC e Ticket Line: 707 234 234 Informações tel: 214 670 320 fax: 214 832 186 e-mail : t.e.c@netcabo.pt site : www.tecascais.org Maiores de 12 anos |
Sinopse |
Num espaço pleno de sinais de apelo à vida, Gonçalo e Inês vivem uma história de amor, de iniciação aos afectos e de descoberta do outro. É na escola, mundo de diversos mundos, que acontece o encontro dos dois. Ela oriunda de uma família modesta, atingida pela violência de um pai alcoólico; ele, sempre em conflito com a mãe, uma mulher da alta burguesia que dá demasiado valor à vida social e a quem o filho culpa pelo abandono do pai. A consciência de viverem numa natureza ameaçada pelo avanço da globalização e a sua militância num grupo ambientalista aproxima os dois jovens. Com experiências sócio-culturais opostas, eles sentem-se unidos pelo medo de entrar na vida adulta, as incertezas quanto ao futuro, o desejo de serem amados. Cada um transporta as suas inseguranças e fragilidades. Através do choque dos conflitos interiores e do conflito com o outro, agudizados pela interferência da Mãe de Gonçalo, eles fazem a descoberta de si e do outro, acção que se vai desenvolvendo num crescendo de forças opostas até atingir o ponto de crise. Nesse momento da revelação: Gonçalo interessa-se por Inês apenas por ver nela o tipo de rapariga que mais poderia irritar a mãe, e alimenta a relação sem a amar, como alimenta os seus pássaros e peixes para que não lhe fujam. Sentindo-se desprezada, a jovem apaixonada culpa a sua aparência exterior. Para conquistar o amor de Gonçalo e o apreço da mãe dele, Inês vai lutar até conseguir uma radical transformação. Só então ela reaparece. Confiante, metida numa imagem do socialmente admirado de acordo com o estereótipo imposto pelas revistas de moda, Inês é, afinal, ridicularizada e rejeitada por Gonçalo. O seu equilíbrio emocional rompe-se. Sentindo que, em vão, se traíra a si mesma pelo apreço de mostrar uma imagem trabalhosamente construída mas que faz dela uma máscara de si, a jovem confronta-se consigo e arranca-a, agredindo-se. Este acto de Inês, revelando-a na plenitude da sua verdade interior e criando novo momento de tensão, vai influir no desenlace da acção, já que a partir daqui também Gonçalo e a Mãe se revelam, autênticos, nas transformações do modo de interagir e de assumir e partilhar os seus afectos. Gonçalo, agora verdadeiramente apaixonado por Inês, continuará suas longas confidências com os pássaros e os peixes. Inês distancia-se para poder equilibrar na balança dos afectos o que sente por Gonçalo. Ambos acreditam que podem vir a reencontrar-se, porque, “nunca mais” é um tempo de curta duração para a juventude. |
Teatro Mirita Casimiro / Teatro Experimental de Cascais |
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