TEC - Teatro Experimental de Cascais

A Boba. Programa
Teatro Experimental de Cascais, Estoril, Março de 2008
Inês de Castro

Estavam eles dois postos em sossego,
Cedendo do amor a doce lei,
Quando lá em Lisboa o velho Rei,
Soube do que ia cá pelo Mondego.

Enverga logo o seu real pelote,
Manda fazer a mala à camareira,
E grita: Dai-me cá um bom chicote,
Que eu vou a Coimbra ver a maroteira!

Catrapus, catrapus,
Sobe o seu ginete,
Passa por Queluz,
Entra em Alcochete.
Pela estrada branca
Que no pé se estira,
Chega a Vila Franca
Que chamam de Xira.

E o Infante e Inês tão descuidados,
Com os dedos sobre a mesa entrelaçados.

Num castelo além,
Num cerro,
O Rei diz contente:
Cá está Santarém!

E o Infante e Inês, com a alma em festa,
Trocando beijos no calor da sesta.

[…]

À quinta chegou,
As rédeas largou;
Corcel desmontou.
No pomar parou,
Subtil espreitou.

E agora é que são elas, meus senhores,
Que um luto vai cobrir esses amores!

Excerto de Inês de Castro, um «drama jocoso» escrito a seis mãos por Benedita Pamplona, Olavo Bilac e o autor do texto referido – Eça de Queirós, 1890, Neuilly
TEATRO MIRITA CASIMIRO / TEATRO EXPERIMENTAL DE CASCAIS
Largo do Cruzeiro - Monte Estoril
2765-412 ESTORIL
Telef. 214670320
E-mail: t.e.c@netcabo.pt 
www.tecascais.org

encenação Carlos Avilez
Dramaturgia
Maria João de Rocha Afonso
Realização plástica
Fernando Alvarez
Canções originais
Luís Pedro Fonseca
Coreografia
Natacha Tchitcherova
Consultadoria de prestidigitação
Fernando Marques Vidal
Fotografias de cena e cartaz
Susana Paiva
Luminotecnia e direcção de montagem

Manuel Amorim
Sonoplastia e montagem Augusto Loureiro
Contra-regra e montagem Rui Casares
Assistência de ensaios Jorge Saraiva

MARIA VIEIRA em A Boba

de Maria Estela Guedes

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