Tudo começou em 1956 quando entrei para a Companhia Amélia Rey-Colaço – Robles Monteiro e
vi pela primeira vez Castro.
Mais tarde comecei a minha carreira de encenador com o mesmo texto de António Ferreira na
Sociedade Guilherme Cossul. A partir daí tudo se alterou na minha vida profissional.
Com Pedro, o Crú de António Patrício, o meu novo encontro com o Teatro Nacional D. Maria II.
Em Cascais, Inês de Portugal de Alejandro Casona.
Voltei a encontrar este tema na ópera de Persianni. Com ele regressei ao mundo da ópera.
Também foi com as Comemorações Inesianas que regressei às grandes produções nacionais.
É mais uma aventura que agora vai estrear que me faz voltar à Quinta das Lágrimas, ao Mosteiro
de Alcobaça e ao Castelo de Montemor-o-Velho.
Estou grato à Professora Maria Leonor Machado de Sousa, à Maria João e ao Fernando Alvarez.
João Vasco sugeriu-me um dia o nome de Mirita Casimiro, depois Ivone Silva e agora Maria
Vieira. Foi ele também que me trouxe o texto de A Boba de Maria Estela Guedes que lhe tinha sido
entregue pelo escritor Júlio Conrado.
Como sempre, estou-lhe grato.
Tem sido uma caminhada estranha, interessante e perturbadora.
Mais uma Castro. Agora e sempre com os meus colaboradores e os meus técnicos e amigos.
E ainda :
Maria Vieira, profissional, actriz, mulher e ser humano que muito admiro e que tem sido para mim
uma confirmação e uma surpresa; Maria Estela Guedes, companheira nesta aventura com a sua
fascinante personalidade, e Susana Paiva, com as suas imagens que fazem e farão parte das
minhas memórias.
Esta Inês, rebelde como sempre, provocadora como nunca e com a mesma inquietação nos
caminhos de Coimbra e Alcobaça. Um caminho que ainda não acabou mas que não sei quando e
como continua!
Espero uma nova oportunidade de me apaixonar novamente por Inês de Castro.
Carlos Avilez
6 de Março de 2008