EDUARDO AROSO
Quando te levam o mel à boca
Terás ainda de percorrer o bosque
Assaltos súbitos e provas de coragem.
Exercita-te no inesperado para que possas
Enfrentar as faces mutantes do mal.
Não há roteiro de viagem
Apenas a certeza que é para dobrar o mundo
E saber da vida como quem percebe
Um arco-íris dentro de si.
O mel na boca
É o que se traz gratuito do paraíso.
Chegada a hora do mel na mão
É recompensa do labor constante
Legítima comunhão.
O mel verteu-se de todos os poros da pele
Do líquido purgar dos órgãos
Da respiração maior da alma
Onde a virtude eternamente adere.
11-11-2018
Eduardo Aroso