SONETO CLÁSSICO
( convoco, para a Lira minha, o 6 de Ouros como louro )
Não pede Amor a pena, minha Dama,
Não pede Amor a mágoa, mas só quer
A vida, ó flor, o néctar, o prazer
Prosternados na Luz e verde rama.
Quer Amor pela paz, e inda que brama,
Inda que sofra Amor pela mulher,
A amorosa tarefa busca o Ser,
Sofre Amor pela paz de quem vos ama.
Porém, quer verde Vénus, quer Maria,
Se apuram em vós, flor, que vós sois Flora.
Cantam Zéfiros, cantam, cantaria
Eternamente Amor pela pastora;
Mas tenebrosa dor, por varonia,
Sofrera só por si, minha Senhora.
AD MAJOREM DEI GLORIAM
PAULO JORGE BRITO E ABREU
THEOSOPHIA
( avoco, para a Musa minha, o Arcano e Arcaico do Carro da Vitória )
Todo o Nume já passa pelo nome,
Seja Júpiter, Zeus ou Jeová.
O fármaco da Graça é dela a fome,
O âmago de Amor é Ámon-Rá.
E dorme na Diana o deus Apolo,
E as rosas são Vénus e a Via.
Tu és lauta liança, e tu queres colo.
Tu repousas nos braços de Maria.
IGNE NATURA RENOVATUR INTEGRA
PAULO JORGE BRITO E ABREU
NATAL INATO
( convoco, para a Musa minha, o Arcaico, o Arcano do Mundo )
I
Vou cantar, agora, o hino.
D’ Alma pura, aberta e nua.
Cantarás o meu Menino?
Cantarás loas à Lua???
É Dezembro, há mal e maus.
É Natal, e é Maria.
Mas a terra, canho e caos.
T’levisão, pornografia.
II
Sou parteiro, e há o escopro.
Trabalhemos, insuflemos.
Se há sangue, e há o Sopro,
Suspiremos, meditemos.
Pois há muito, havia um Lírio.
Leonardo. Ou era a Luz???
Foi a Cruz, e o martírio:
Era a Ceia de Jesus.
Lisboa, 15/ 06/ 2006
AMOR VINCIT OMNIA30
PAULO JORGE BRITO E ABREU
NONO ENCONTRO TRIPLOV