Sete poemas inéditos de Manoel Tavares Rodrigues-Leal

 

LUÍS DE BARREIROS TAVARES


A poesia de Manoel T. R.-Leal não se pauta pelo surrealismo. No entanto, encontram-se por vezes no espólio alguns poemas com tonalidades que se poderiam dizer surrealizantes ou, talvez, com alguma inspiração surrealista. Apresentam-se aqui sete poemas inéditos, alguns na linha desta vertente poética. A par disso, encontramos também um teor erótico, bem como um cariz sexual e mundano. Por vezes atravessa-os um humor subtil, um toque confessional e um certo ar de manifesto social.

O poema VII é uma das três versões (2ª) de um poema, ou, se quisermos, um de três poemas-versões. A 1ª e a 3ª foram publicadas numa extensa edição crítica na revista Pessoa Plural que inclui mais de 120 poemas de Leal com ecos de Pessoa. Mas poder-se-ia dizer que se trata antes de três poemas que, apesar de manterem uma estrutura comum, com semelhanças significativas – como se todos fossem versões –, assinalam detalhes e diferenças bem estudadas. Aliás, o autor não optou, neste caso, por nenhum destes poemas em especial, e cada um passou por cuidadas revisões com diversas datas. Para leitura e comparação do poema VII com os outros dois poemas, veja-se a nota de rodapé 4. Para mais detalhes, ver poema 109 e a respectiva nota de rodapé em Pessoa Plural:
https://repository.library.brown.edu/studio/item/bdr:1117613/

“Todos os poemas são uma inocente merda, excepto o derradeiro…”[1] M. T.R.-Leal