Este ano não se
realizou o habitual Festival de Poesia, em Vila Nova de Foz Côa, que
vai já na 26ª ou 27ª edição. O organizador, Jorge Maximino,
ensaísta, poeta e professor, só obteve da Câmara o que estava dentro
das possibilidades da crise: um encontro que reuniu, na noite de 21
de julho, ao ar livre, no Parque de Santo António, uma dezena de
músicos e poetas que proporcionaram um sarau muito agradável às
cerca de duas centenas de pessoas que os ouviram com muita atenção.
Participaram no evento Manuel Daniel, Maria Estela Guedes,
Fernando Castro Branco, Rui Fonseca e Jorge Maximino, poetas, e Rui
Fonseca, de novo, Ana Carvalho, Rolando Barradas, Cláudia Albergaria e Simão Mimoso, na
parte musical.
Vale a pena repetir o encontro nestas condições,
surte bom efeito o espetáculo ao ar livre, sobretudo nas noites quentes de
Verão, e o público de Vila Nova de Foz Côa tem apetência cultural. Já se habituou, nestes quase trinta anos, à presença e discursos dos poetas, e também está familiarizado com outros
tipos de cultura, dotados de potencial para atrair muitos visitantes
estrangeiros: de um lado, o Douro, com a sua beleza estonteante,
única no mundo; de outro, nas margens do rio Côa, as gravuras
pré-históricas, descobertas para a ciência há menos de vinte anos,
que constituem um valioso património arqueológico e artístico, único
no mundo também.
Notícias TriploV
Vila Nova de Foz Côa, 22 de julho de 2012 |