“Não há História definitiva, pela
simples razão de que a palavra pronunciada, por mais fundadora e fecunda
que seja, está ela própria sujeita ao tempo, torna-se ela própria
passado, objecto de outras experiências, o que quer dizer que tem de ser
constantemente renovada, constantemente pronunciada para se manter viva.
A sua relação com uma intuída Palavra eterna exige a sua actualização
constante para que o tempo não devore tudo.”
(José Mattoso, A Escrita da História)
Coloca-se agora à disposição
do grande público e da comunidade científica um Dicionário que traz como
título Dicionário Histórico das Ordens e Instituições Afins em
Portugal. Gostaríamos de o considerar, em primeiro lugar, no quadro
da intensa renovação que, sobretudo a partir das últimas décadas do séc.
XX, atingiu a historiografia portuguesa, envolvendo também, e
necessariamente, a historiografia religiosa e a história das
instituições eclesiásticas. Desse movimento é sinal eloquente a recente
História Religiosa de Portugal, dirigida por Carlos A. Moreira
Azevedo
e o respectivo Dicionário de História Religiosa, coordenado
pelo mesmo autor,
que permitiram ultrapassar, em muitos aspectos e sobretudo numa base
teórica e conceptual renovada, a antiga, embora ainda útil, História
da Igreja em Portugal, de Fortunato de Almeida,
e dar continuidade, ainda que em moldes distintos, ao Dicionário de
História da Igreja, deixado inacabado por A. Banha de Andrade.
Dessa renovação é também fruto o recente Guia Histórico das Ordens
Religiosas em Portugal, dirigido por Bernardo Vasconcelos e Sousa,
roteiro bibliográfico e documental de grande utilidade, abarcando o
período que se situa entre os primeiros testemunhos da presença do
monaquismo em território português e o Concílio de Trento.
Contudo, toda esta produção,
orientada para fins específicos, não suplantou, mas antes estimula e
exige, um instrumento que permita um olhar tão exaustivo e sistemático
quanto possível, sobre o universo institucional das ordens e
congregações religiosas presentes em Portugal, ou seja, sobre esse vasto
conjunto de famílias e institutos religiosos genericamente englobados
pelo actual Código do Direito Canónico sob a designação de
institutos de vida consagrada. Desta forma, não só se colmata o carácter
não exaustivo de outros dicionários face ao conjunto das ordens e
congregações, como se possibilita a integração, nas notícias elaboradas
para o mesmo, dos mais recentes progressos facultados pela investigação
no que respeita à história e aos contornos da sua presença entre nós.
Mas o título do Dicionário
denuncia um propósito ainda mais alargado, que ultrapassa o universo das
formas de vida consagrada nascidas no âmbito do Catolicismo. Com efeito,
além destas, a obra que agora apresentamos contempla também as
instituições monásticas surgidas noutras tradições cristãs e outro tipo
de ordens surgidas em contextos distintos, como as ordens profissionais
e honoríficas ou as ordens esotéricas e iniciáticas, onde terão lugar as
obediências maçónicas. Incluiremos, assim, da forma mais abrangente e
rigorosa possível, todos os tipos de ordens e instituições afins
agrupadas de A a Z, de forma distinta em diferentes secções temáticas,
as quais serão introduzidas por uma apresentação crítica elaborada pelos
coordenadores das diferentes áreas e complementadas por um glossário
técnico e um índice remissivo antroponímico.
À luz de uma concepção de
inclusão e não de exclusão, de exaustividade e de sistematização
coerente, com base em critérios definidos previamente, para fazer uma
radiografia institucional bem pormenorizada, pretendemos reunir e tornar
acessível ao grande público e aos investigadores, em particular, a
diversidade das experiências institucionais que se apresentam com o
título e estatuto de “ordem” ou com outras nomenclaturas, que resultaram
de um processo de metamorfose daquilo que as ordens representavam ou que
pretendem configurar-se com formas ou modos de se organizar, ou de
proceder e de atender a fins muito semelhantes ou próximos das ordens.
Alguns perguntarão pelas
razões que presidem à integração numa mesma obra de instituições
aparentemente tão diversas como as ordens religiosas católicas e as
ordens maçónicas. Tanto mais que, nomeadamente estes dois tipos de
ordens, viveram, num determinado período do curso da sua história,
experiências fracturantes de hostilidade grave e estiveram de costas
voltadas umas para as outras, digladiando-se em polémicas de carácter
ideológico, disputando espaços de poder, particularmente ao longo do
séc. XIX e primeiras décadas do séc. XX, período em que a questão
religiosa subiu ao rubro!
Desde logo, por razões
científicas. São elas que norteiam a elaboração do Dicionário, no seu
intuito de contribuir para o aprofundamento, compreensão e divulgação de
um conjunto de instituições que tiveram e têm parte importantíssima na
nossa história, na nossa cultura, no nosso existir social enquanto
comunidade nacional dinâmica, que se foi construindo ao longo de quase
um milénio de existência. Esta é uma realidade que importa dar a
conhecer cientificamente de forma rigorosa e fundamentada.
Assim, o estudo da história e da
fisionomia institucional e ideográfica das ordens leva-nos a concluir
que existem liames, aspectos comuns, pontos paralelos, vectores que unem
pela base os diversos conjuntos tipológicos das ordens na sua diferença,
que não só o mero vector unificante da designação comum. A existência de
um corpo hierárquico bem definido, de um ideário, de um carisma, de um
código deontológico, de critérios bem delimitados de recrutamento e
admissão de membros, de um currículo formativo a percorrer, do
estabelecimento de um caminho iniciático, de um sentido e de uma cultura
de pertença, de instâncias de avaliação e acreditação, de um sistema e
de uma vigilância disciplinar, de um conjunto claro de fins e de meios
para os atingir, são linhas de convergência que permitem encontrar
traços comuns nos diferentes tipos de ordem.
Ora, parece-nos que estes traços são
suficientes para pôr as diferentes acepções do conceito ao abrigo da
pura equivocidade. Com uma tal abertura óptica, e sem esta referência
quase – mas não de todo, como vimos – nominalista ao termo “ordem”,
arriscar-nos-íamos a abrir o caminho infindável de um “dicionário do
associativismo”, religioso e profissional, no mais amplo sentido. Muitas
mais agremiações, de natureza corporativa ou religiosa, se perfilariam
para entrar neste Dicionário, se não lhes fosse exigida uma auto ou
hetero percepção de algum modo ligada a esse termo, já revestido de
certa solenidade na Roma antiga, mas carregado de novo e indelével
fascínio a partir da sua aplicação, primeiro aos ministérios do culto
cristão e, depois, à institucionalização do seu específico fenómeno
monástico.
Resta, é certo, um inconveniente insanável
no nosso princípio de dicionarização. Referimo-nos ao tão diferente grau
de sentido de pertença e de vinculação pessoal, requerido a uma ordem
(ou instituição afim) cristã, face às suas colegas de outra origem. No
primeiro caso, pela realidade mais ou menos instituída dos “conselhos
evangélicos”, essa “ordem” absorve a totalidade da vida individual dos
seus membros, que não têm tendencialmente outra família, outro
património, outra identidade social que não os dela. No segundo (ordens
honoríficas ou de ofícios, por exemplo), essa identidade vem sobrepor-se
à de todos os outros sentidos de pertença em indivíduos que mantêm
vastas áreas da sua vida privada com diversos graus de intersecção com o
sentido de pertença à sua “ordem”. Pelo que, feita excepção a duas
ordens terceiras dicionarizadas precisamente pela pura designação de
ordem, temos de assumir desde logo a renúncia à equidade de critério.
Para representar a diversidade da realidade social portuguesa sem
inviabilizar o projecto, tem assim de ficar de fora todo o incalculável
associativismo cristão, dotado embora dos sobreditos traços comuns – e,
nessa medida, candidato natural a este dicionário, a par de outros
associativismos profissionais, honoríficos, esotérico-iniciáticos. A
exigência – posta tão-somente e sem equidade às associações eclesiais –
de um sumo grau de pertença dos seus membros à instituição em causa é a
única pedra de toque que nos permite fechar o elenco e deixar de fora o
vastíssimo universo das confrarias ou irmandades, ou associações tão
significativas na capacidade de movimentação social como o Apostolado da
Oração, a Liga Eucarística, as Congregações Marianas, e uma autêntica e
inesgotável avalanche que a terminologia eclesial hodierna designa por
“movimentos” e o CIC de 1983 vai tentando enquadrar na fórmula de
“associações de fiéis”.
Além disto, podemos observar na
diversidade das ordens e da sua evolução e implantação o reflexo da
evolução histórica de uma sociedade que transitou de um tempo marcado
por uma mundividência tutelada pelo teológico e por uma compreensão de
todos os aspectos da vida unificada pelo religioso, para uma era de
progressiva secularização e de laicização, a qual começou a ganhar
terreno de forma crescente desde a modernidade e do processo de
afirmação dos Estados modernos e da autonomização da esfera temporal da
esfera espiritual. Por tudo isto, até certo ponto, podemos ver, por
exemplo, nas ordens profissionais, uma espécie de decalque secularizado,
uma metamorfose laica daquilo que eram as ordens religiosas no tempo em
que o modelo social da Cristandade pontificava como configurador do
sentido de toda a existência social. As próprias ordens maçónicas
assumem e praticam ritos, adoptam símbolos, estabelecem caminhos
iniciáticos que se revestem de alguma semelhança com os protocolos
rituais e simbólicos das ordens confessionais.
Certamente que o escopo de
integração não polémica da diversidade das ordens que preside à
elaboração deste dicionário pode representar também, em termos
culturais, um contributo para aquilo que o P.e Manuel
Antunes, sj, dizia ser, na sua acutilante obra chamada Repensar
Portugal, uma necessidade imperiosa da sociedade portuguesa
pós-Abril: a urgência de “interiorizar” e “aprofundar a democracia”.
Ressalve-se que não queremos escamotear
aqui a consciência de que nenhum projecto científico é, no limite,
ideologicamente neutro. Assim sendo, o único sentido ideológico que
possamos reconhecer como estando na base desta obra é esse mesmo: o de
aprofundar a democracia também no plano cultural e científico. Ao
designarmos como objectivo inderrogável integrar a diversidade das
experiências institucionais que se revejam sob a nomenclatura de ordens
ou instituições afins, numa perspectiva ecuménico-cultural,
gostaríamos de contribuir para desenvolver uma atitude democrática no
mundo da pesquisa, no que respeita à escolha e definição dos objectos
científicos e no que concerne aos meios de acesso ao conhecimento.
Acreditamos na possibilidade de
hodiernamente, no quadro do regime democrático em que vivemos,
construirmos livremente instrumentos de conhecimento, olhando a
diversidade institucional do universo das ordens de forma desassombrada
e liberta dos velhos preconceitos gerados por conflitos ideológicos, por
vezes violentos, que criaram mitos de conspiração e deram origens a
campanhas de erradicação do Outro institucional entendido como inimigo
temível a abater. Importa ultrapassar finalmente o tempo da construção
de uma cultura de combate, de uma ciência de apologia, e entrar no tempo
da ciência-compreensão, que não é mais do que recuperar a raiz mesma da
ciência, que permita a criação de uma cultura e de uma mentalidade de
respeito pelo diferente que comece precisamente pelo conhecimento e
reconhecimento do valor da diferença. Por isso, urge seguir um caminho
de conhecimento que parta à interrogação em vista de um esclarecimento e
de uma iluminação racional. Assim, queremos poder fazer nossas as
palavras inspiradas de Manuel Antunes: “A nossa tarefa é outra:
procuramos compreender”.
Os valores da liberdade, da tolerância, da
inclusão, do pluralismo, do respeito pelo outro na sua diferença,
valores considerados fundamentais de uma cultura democrática, não devem
deixar de estar na base dos projectos científicos.
Este
projecto de dicionarização de um saber fundamental sobre as ordens foi
desenvolvido por um conjunto vasto de investigadores e especialistas de
várias áreas do saber e de várias instituições científicas e
universitárias nacionais e estrangeiras. Associam-se nesta obra, pois,
autores e consultores científicos de vários países, de vários quadrantes
científicos e de várias faixas etárias, reunindo os contributos de
reconhecidos investigadores e de outros, mais jovens, cujos caminhos de
investigação tendem a aportar novos e importantes elementos para um
conhecimento renovado da história das instituições aqui tratadas.
Estudar ordens e instituições
afins implicou aqui assumir também aquele que é considerado o pecado
original do historiador: uma parte significativa das instituições
estudadas ainda é realidade viva e actuante.
Contudo, quando aquilo que se
trabalha, sobre o que se escreve, com o que dormimos, sonhamos ou
desesperamos, vem até nós ou, ao menos, tem raízes até tempos próximos,
com gentes e lugares prenhes e marcados dessas realidades, o
Presente-vivido irrompe muito mais brutalmente pelo Passado-estudado.
No resultado final destas
centenas de entradas, encontramos, assim, um longo caminho de diálogo
e de conhecimento em que, estranhem, nenhuma das partes ficou a perder.
A maioria dos participantes neste processo compreendeu a natureza
científica do trabalho, não apologética ou memorialista. Apenas se
valorizou esclarecimento e o rigor, exactamente com o mesmo respeito que
demos a todos os intervenientes.
Nesta realidade, o projecto
que agora chega ao seu fim, teve de apresentar algumas soluções que
superassem esse inicial constrangimento e o transformassem numa
mais-valia. Decidiu-se enfrentar essa dificuldade, deixar de a olhar
como um problema, e esgrimir com ela o que desejamos para esta obra:
exactidão, mas também diálogo e respeito. Assim, qual Janus, com
duas caras e dois olhares, a coordenação do projecto olhou para as suas
realidades historiografadas, mas ao mesmo tempo vivas. Em nome da
procura do máximo rigor de informação e sempre à luz da nossa posição
ecuménica e construtiva, pedimos a essas mesmas instituições vivas a
abertura para nos receberem, para lerem os nossos textos, para
complementarem alguns dados importantes descurados e corrigirem aspectos
de pormenor em termos de informação factual. Foi, pois, com este fim que
convidámos os representantes e dirigentes das instituições vivas que
participassem na revisão do nosso trabalho.
Uma Ciência Dialogada e para a
Comunidade é, assim, o que pretendemos apresentar como o resultado desta
postura de Diálogo Metodológico. Estes textos são a imagem desse
processo longo de anos, mas rico de experiências.
Seguramente, ficámos todos
mais ricos. A obra engrandeceu-se. A Ciência ficou mais clara e
dialogante. Nós, a quem a tarefa foi por nós próprios pedida, mais
satisfeitos.
Acima de tudo, este é um projecto aberto e
em aberto. Não se pretende dizer a última palavra sobre o assunto, nem
encerrar ou esgotar o campo de investigação, nem muito menos ter o
delírio do definitivo. Tão-só queremos explorar e abrir decisivamente as
portas de um caminho novo e apaixonante de conhecimento, facultando, de
forma clara, distinta e sistemática, a informação já existente sobre as
ordens e acrescentar-lhe um pouco mais através do processo de pesquisa
que todas as equipas envolvidas, que aceitaram o nosso convite à
colaboração, realizaram com grande dedicação, apesar da escassez dos
meios disponíveis.
É para eles, em primeiro lugar, que
dirigimos o nosso caloroso “Muito Obrigado”: aos autores nomeados em
cada entrada que em graus diversos ajudaram a construir com os seus
textos esta obra, auxiliados pelo inestimável apoio dos diferentes
membros da Comissão Científica que conjuntamente reconhecemos
penhoradamente.
A segunda, mas não menos importante,
palavra de agradecimento vai para as instituições que acolheram e
promoveram cientificamente o projecto que esteve na base desta obra e
para aquelas que apoiaram materialmente a sua execução. Há depois muitas
pessoas que não aparecendo visivelmente nomeadas em algum lugar desta
edição contribuíram como facilitadores e incentivadores no processo da
sua preparação.
Dado o longo período que implicou a
elaboração desta corremos o risco de esquecer alguém que tenha tido um
papel mais ou menos adjuvante, mesmo assim arriscamos nomear alguns
nomes que é de justiça referenciar como forma de agradecimento: Hermínio
Rico, sj, antigo Director da Revista Brotéria, Ana Teresa Santa
Clara, Diogo Gaspar (Director) e Jorge Inácio do Museu da Presidência da
República, Pedro Sousa e Silva da FCT, João Henrique Silva, Director da
DRAC-Madeira, Marcelino de Castro, Director da Revista Islenha,
José António Falcão, Director do Departamento do Património Histórico e
Artístico da Diocese de Beja, Maria Teresa Rosendo (Chefe de Divisão) da
Câmara Municipal de Palmela e Isabel Cristina Fernandes do Gabinete de
Estudos sobre a Ordem de Santiago (GEsOS) da Câmara Muncipal de Palmela,
Miguel Gaspar, Director da Artlândia, Isidro Lamelas, antigo Provincial
da Ordem dos Frades Menores, Patrícia Costa e José Furtado da Faculdade
de Letras da Universidade de Lisboa, Fausto Oliveira da Câmara de
Lousada, Maria Edite B. Mourato Alves do IECC-PMA, José Luís de Almeida
Monteiro, Bibliotecário do Convento Dominicano de Tours.
Uma palavra importante de
agradecimento reconhecido queremos deixar bem patente às instituições
que acreditaram no nosso projecto desde o início do seu lançamento e
decidiram oferecer o seu apoio material para garantir a sua
viabilização. Em particular, e em modo de representação de todas estas,
queremos destacar o grande significado do Alto Patrocínio concedido pela
Presidência da República, bem como àqueles que contribuíram para que
este apoio, que muito nos honrou, fosse garantido. Da actual equipa da
Presidência da República, agradecemos o empenho do Chefe da Casa Civil,
José Nunes Liberato, e do Secretário-Geral da Presidência, Armando
Ferreira Coutinho. Da anterior Presidência, agradecemos as diligências
importantes do Assessor para os Assuntos Culturais, José Manuel dos
Santos.
Finalmente, cumpre-nos deixar bem expresso
um agradecimento muito especial à equipa de investigadoras-bolseiras da
Fundação para a Ciência e a Tecnologia, a saber, a Cristiana Lucas
Silva, a Paula Cristina Ferreira da Costa Carreira e a Susana Mourato
Alves. Estas tenazes investigadoras constituíram um eficiente
secretariado executivo, no qual, com entusiasmo, empenho e rigor,
trabalharam a tempo inteiro numa fase decisiva de preparação, revisão e
produção dos instrumentos complementares (índices, siglários e
glossários) desta obra composta por 368 entradas de instituições
dicionarizadas que distribuídas por 8 secções distintas: 231 Católicas,
1 Protestantes, 2 Não-Cristãs, 11 Esotéricas, 79 Maçónicas, 13
Templárias e Neo-Templárias, 19 Honoríficas, 12 Profissionais.
As Equipas de Direcção
e de Coordenação
José Eduardo Franco
José Augusto Mourão
Ana Cristina da Costa Gomes
António de Macedo
Hermínio Araújo
Isabel Mayer Godinho Mendonça
Carlos João
Correia
João Luís Inglês Fontes
João Miguel Almeida
Jorge de Matos
José Carlos Lopes de Miranda
José Varandas
Manuel
Alexandre Júnior
Manuel
J. Gandra
Manuel Saturino da Costa Gomes
Nuno
Estêvão Ferreira
Paulo
Mendes Pinto
Sara Morais Saraiva de Andrade
Sílvia Ferreira
Teresa
Peralta
Lisboa, 10 de Junho de 2009 |