Eh-lá! grosso normando das manchettes em sensação!
Itálico afilado das crónicas diárias!
Corpo-12 romano, instalado, burguês e confortável!
Góticos, cursivos, rondas, inglesas, capitais!
Tipo miudinho dos pequenos anúncios!
Meu elzevir de curvas pederastas!...
E os ornamentos tipográficos, as vinhetas,
As grossas tarjas negras,
Os «puzzle» frívolos da pontuação,
Os asteriscos - e as aspas... os acentos...
Eh-lá! Eh-lá! Eh-lá! ...
- Abecedários antigos e modernos,
Gregos, góticos,
Eslavos, árabes, latinos -,
Eia-hô! Eia-hô! Eia-hô!...
(Hip! Hip-lá! nova simpatia onomatopaica,
Rescendente da beleza alfabética pura:
Uu-um... kess-kresss... vliiim... tlin... blong... flong... flack...
Pâ-am-pam! Pam... pam... pum... pum... Hurrah!)
Mas o estrangeiro vira a página,
Lê os telegramas da última-Hora;
Tão leve como a folha do jornal,
Num rodopio de letras,
Todo o mundo repousa em suas mãos!
- Hurrah! por vós, indústria tipográfica!
- Hurrah! por vós, empresas jornalísticas!
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