“Baba de cachorro não pega em pano fino” – reza o ditado. Na Bíblia, Deus fala pelo coração do povo no “ Livro dos Provérbios”. São orações de advertências, sábios conselhos.
“Diga-me com quem andas e te direi quem és”. Luiz andou com Dirceu e, desandando em maravilhas, cirandou com Waldomiro, Delúbio, Silvinho, João Paulo, Mentor, Gushiken, Okamoto, Berzoini, o Duda das rinhas de galo e o midas mineiro Marcos Valério. Peripatéticos, erigiram uma ‘ República dos Convivas”.
Andou com Severino, Waldemar, Jefferson e Jader Barbalho em tosca aula de “saciologia” política. Desfrutou banquete com tosca laia da história recente. Tudo marcado pelo requebro de Ângela Guadagnin alegorizando o pas-de-deux da impunidade. Risonho, passeou com um Freud que lhe acalentava os sonhos; comungou em ceias de churrasco com Lorenzetti que sequer limpava os espetos.
Comparou-se em heresia ao santo traído. Jurou impudente o desconhecimento, desfigurando sua obrigação de saber. No segundo turno eleitoral, com que cavalheiros andará que não babem em panos de fina bandeira? Um homem é feito à imagem de seus convivas. É o provérbio, a anunciação dos destinos. E agora, Luiz?
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Romildo Sant'Anna, escritor e jornalista, é professor do curso de pós-graduação em "Comunicação" da Unimar - Universidade de Marílía, comentarista do jornal TEM Notícias - 2" edição, da TV TEM (Rede Globo) e curador do Museu de Arte Primitivista 'José Antônio da Silva' e Pinacoteca de São José do Rio Preto. Como escritor, ensaísta e crítico de arte, diretor de cinema e teatro, recebeu mais de 40 prêmios nacionais e internacionais. Mestre e Doutor pela USP e Livre-docente pela UNESP, é assessor científico da FAPESP (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo). Foi sub-secretário regional da SBPC - Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência. |