A crítica e “Geração Beat”

CLAUDIO WILLER
Tributo


O mercado editorial brasileiro parece mesmo ter redescoberto os beats. Lançamentos recentes como “E os hipopótamos foram cozidos em seus tanques”, de Kerouac e Borroughs (Companhia das Letras); a tradução do manuscrito original de “On the Road” e do livro “Visões de Cody”, ambos de Kerouac (L&PM), são mostra disso. Some-se a isso a quantidade de obras em catálogo da beat generation, como os fundamentais “O uivo”, de Allen Ginsberg, “On the Road — Pé na estrada”, de Jack Kerouac (LP&M) e não será difícil perceber que pela primeira vez estão à disposição do leitor brasileiro os principais títulos da geração. Era de se esperar, portanto, que fosse publicada também alguma reflexão crítica sobre tais escritores, que não se limitasse a repetir o já dito. Este parece o papel a que se propõe “Geração Beat”, do poeta, ensaísta e tradutor Claudio Willer, agora lançado pela L&PM.

Leia a matéria na íntegra publicada em O Globo aqui.

 

Confira outros comentários sobre Geração Beat:

“Esse livrinho (120 págs.) de Willer é indispensável […] Didático e lírico, Geração Beat esmiúça vidas e obras da sacrílega trindade (Burroughs/Kerouac/Ginsberg) e de coadjuvantes essenciais (Lawrence Ferlinghetti, Gregory Corso, Michael McClure, Gary Snyder), além de aproximar a beat da vanguarda de vários países (como o nadaísmo colombiano) e estabelecer pontes entre os norte-americanos e a contracultura brasileira – de que são figuras importantes Roberto Piva, Chacal, Paulo Leminski, Torquato Neto e Mário Bortolotto.”

Ronaldo Bressane
O Estado de São Paulo / Caderno 2

“Uma história definidora da cultura (contracultura) do século 20. Willer conta essa aventura coletiva no livro Geração beat, que está sendo lançado pela L&PM. Rara oportunidade de o leitor brasileiro tomar contato, em bom português, com uma leitura atenta e sensível sobre a estética beat, suas influências e efeitos. […] Willer conta as histórias desses personagens da vida real em Geração beat. Ele os apresenta a toda uma nova geração de leitores. E preenche lacunas de conhecimento para aqueles que já estão familiarizados com esses nomes.”

Bernardo Scartezini
Correio Braziliense

“Com uma escrita leve, de quem há tempos se dedica ao ofício da escrita literária, Willer ensaia uma introdução à geração beat para os brasileiros. […] O mais instigante, porém, é o exercício crítico que Willer propõe. […] A leitura de Geração Beat permite-nos ver certa continuidade entre as margens da América do Norte dos anos 40 e 50 e as margens brasileiras do início dos anos 60. Percebe-se assim como o espaço da consagração literária não é apenas o dos bancos universitários, mas também o pátio, o bar, a rua. Não o centro, a margem.”

Wilson Alves Bezerra
O Globo – Prosa & Verso

“Entre as opções na minha mesa de trabalho estava o volume da coleção L&PM Pocket Encyclopaedia sobre a Geração Beat […] Claudio Willer não apenas disseca a obra, mas conta a história dos próprios personagens, e esses caras tiveram vidas aventureiras, com experiências radicais que dariam (muitos) filmes. O experimentalismo não era só estético. Era comportamental. Eles foram ao limite da experimentação, inclusive por meio das drogas e do sexo, buscando muitas vezes na degradação uma forma de sublimação e ascese.”

Luiz Carlos Merten

“Claudio Willer, com Geração Beat (Porto Alegre: L&PM, 2009) realizou um dos mais instigantes ensaios sobre os autores estadunidenses que maior influência exerceram sobre sua geração de poetas e ficcionistas. […] A geração tem agora, com o ensaio de Claudio Willer, valoroso estudo em língua portuguesa.”

Fábio Lucas
Jornal Linguagem Viva

“Recomendo a leitura de Geração Beat, pois muito aprenderá, é leitura fácil, e mais, os rodapés enriquecem, ilustrando a história. Claudio Willer é um arauto da cultura.”

Paulo Veiga
Jornal Linguagem Viva

Geração Beat é um livro importante porque descreve com competência um movimento importante de poetas cansados da vida moderada, que procuraram um outro tipo de experiência […] É um documento histórico-literário escrito por poeta um que é especialista nesse assunto.”

Álvaro Alves de Faria
Joven Pan

“Foi mesmo um “encontro de beatniks” o evento de lançamento do livro Geração Beat, de Claudio Willer, na livraria Martins Fonte em São Paulo (dia 03/06/2009). Peguei a nova câmera da TV Cronópios e fui ao lançamento com a idéia de gravar uma série de depoimentos das pessoas presentes sobre o impacto (ou não??) da literatura beatnik em suas vidas. Digo impacto, pois foi o que eu senti quando li pela primeira vez o livro Uivo, Kadish e outros poemas de Allen Ginsberg, na tradução do Claudio Willer. Nossa… foi demais sentir a alta voltagem que o livro transferia a mim e a meus colegas da “Pirataria Poética”, um grupo de poetas de Bauru, interior de São Paulo nos anos 80.”

Pipol
Cronópios 
(abrindo o documentário do lançamento, que pode ser acessado através deste link de Cronópios)

 

 

 


C.W. Biobibliografia


revista triplov

SÉRIE VIRIDAE . NÚMERO  04: CLAUDIO WILLER

portugal . fevereiro . 2022