O projeto de comunicação de Henrique Dória, com dez anos de idade, entre os mais variados percalços, próprios de quem se aventura nas paragens novas do digital e da Internet, tem vindo a crescer e a consolidar-se. Começou com a revista Incomunidade, em http://www.incomunidade.com/, site agora em remodelação, depois estendeu os braços ao áudio, a Rádio Transforma, em http://radiotransforma.net/ e ao vídeo, a que podemos assistir no YouTube, onde Henrique Dória partilha connosco a sua visão do mundo, marcada pela militância em prol da justiça para todos, portugueses, brasileiros, e outros, no programa “Política Impura”. Bem preparado para o efeito, dotado de bagagem cultural invejável, Henrique Dória entrega-se à sua missão social, de informar, sim, mas também de abrir aos ouvintes horizontes intelectuais que lhes permitam não só a compreensão do que diz, mas sobretudo do lugar ativo que devem ocupar no seu local de cidadania.

Neste âmbito, o “Política Impura” tem contribuído para revelar quem de facto é Bolsonaro e porque devemos combatê-lo. Este grito de alarme não podia ficar ausente do número comemorativo da Incomunidade, por isso aí encontramos um artigo de 2020 assinado por Flávio Sant’Anna Xavier, no qual ocorre de forma explícita o termo “genocídio”, recentemente proibido pelo genocida, o que tem inflamado ainda mais a ira dos brasileiros não-bolsonaristas. Corre, exatamente nestes minutos de escrita, dia 25 de março de 2021, que, à falta de expediente mais radical, o genocida já está afastado da gestão da pandemia. Oxalá! Precisamos do caminho livre para vencermos o vírus e continuarmos assim esta caminhada que tem juntado ao esforço criador os prazeres da boa camaradagem e da boa amizade.

Fiquem algumas imagens da visita ao estúdio da Rádio Transforma, de três dos principais reponsáveis pelo número 100 da Revista Incomunidade.

 

Incomunidade, nº 100
Editora Ishtar, Porto, 200 pp. ilustr.