A mentira é uma justiça retórica que torna mais nobres as aparências.
A negação é nele uma praga que adoça as relações àcidas com os excessos.
Tomo o partido da ambivalência porque suspeito da publicidade da clareza.
Debaixo da tenda que alberga a glória há uma contenda de pensamentos ambiciosos.
A disponibilidade da lucidez nasce da disputa.
São-lhe imputados amputados veredictos de importadas culpas.
As metáforas e suas magnificas mazelas...
O alvoroço da visão caçando ilusões.
O nada como um manancial de hipóteses plausíveis?
O escorpião é o peão que prescuta o corpo como presa a não devorar, ao contrário do leão.
Renascemos porque somos famintos de algumas carnes alheias.
Suspiros que se encavalitam para formar ledas figuras.
Todo o retrato é uma suspeição que veste a obscenidade do olhar.
Oferece-me banquetes pintados de forma a que me banqueteie tornando-me pintura.