PEDRO PROENÇA: HELIÓPOLIS
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Interessado em elaborar. Chega-me toda uma criptocriptocripto (as marginálias rebentam e a poda começa: as túnicas estão estendidas; o vale começa a inchar) - as férias! Os dentistas arrancam. Vive-se como bois, com o tinto e com a felicidade. Desta ratoeira a crónica há. Unificam-se substratos. Narra-se uma boa história: a cigarra e a formiga. Saúda-se a técnica. Mas diz-se não é tudo. Incorre-se em demasiadas falências. O artifício não é apenas correlativo. O intelecto não é per se produtivo. Ass coisas são chatas até à monotonia. Que subtilidade! O estalar das alcachofras verdes (ainda é escuro; a noite dilatada pela tempestade, grande enguia, peixe sagrado/ ou o onírico televisor/ fazer arte como um peixe/ descer as convenções até ao Juízo Final) Não revolverei as arcas mas o seu pó (os fascínios - uma boa piada -, o acento machista de apreciar umas pernas bem torneadas (e porque não?), a voz dos lagostins às onze e um quarto, os enganos e os enganados - iremos para o motel os dois!). Não me devotarei ao Arcano (serei sempre corrente, dínamo, movimento, informação, transmissão, acção) - revelar sim de Patmos sim. Não há evolução para as coisas. A conferência dos Peixes Amin diz sim e Omã diz que não. Estavam numa tagarelice sobre a predestinação: - A usura está nas peúgas, nas cuecas, nas Mecas. A usura está na usura (E.P. - um bom capitão). - E que dizes tu? - «ah, desfolharei interminávelmente a não-flor, porei bombas no choro, sacanearei todos os ausentes. O sol é baixo na mesquita.» - Pater! - Paturrice, patorra! - Eu cá gozo o destino ó meu, é muita fixe, é curtido como o caralho!
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www.triplov.com / 11.11.2003 |