Poeta é aquele que vai morrer

 

ANTÓNIO BARROS


Na minha infância, meu pai apresentou-me em casa um artista amigo – António Areal, de rosto pálido, doente – dizendo que ele ia morrer. Aí logo aprendi que: artista é aquele que vai morrer.
Hoje o retrato do mundo diz: poeta é aquele que vai morrer.