mal oiço o som do alaúde em tua casa.
não consigo ver a pomba
voando sobre a cinza,
no sepulcro da ruína e desta alma.
exumei com os olhos
o mosaico que rodeava, talvez, esse coração –
mergulhado na água e na melodia.
séculos depois, encontro esse rosto
tão cedo escondido.
desenhado no mármore.
como numa fotografia.
esse sorriso escavando a penumbra da nave –
a iluminação das lágrimas
no interior do vidro.
Mérida –
estela funerária de Lutatia Lupata (séc. II d. C.)
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