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RONALDO WERNECK |
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Poeta, Cronista, Editor, Assessor de
Comunicação e Produtor Cultural. Nasceu em Cataguases-MG e morou por
mais de 30 anos na cidade do Rio de Janeiro. In:
http://www.ronaldowerneck.com.br/
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Poemas natalinos |
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Velhos Natais
sim
não existem mais
sinos
meninos
os velhos ais
não
sim
não
existem mais
sons
sonhos
sinos
címbalos
símbolos
sim
não existem mais
presentes
no passado
meninos
janelas
abertas
na memória
velhas
histórias
não
nós
nozes
velas
nós na garganta
velhas
vozes
sim
não
– que adianta? –
não existem mais
coisas que tais
hoje
só
só
sons
estranhos
martelando
a
madrugada
ruídos rompendo
interrompendo
janelas fechadas
a manhã
presentes-ausentes
hoje
só
pressentes
os sinos
sim
os
sinos
não
os velhos ais
uais
de nunca jamais
não
noites
não
nozes
não
vozes
veladas vozes
de outroragora
sambam soltas
entre as frestas
da janela
de nunca
jamais
entre as festas
de velhos
anelos
belos
tanto
tontos
natais
atônitos.
Ronaldo Werneck .
Rio, 1991
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Natal de Casanova
já em dezembro,
natal de prova,
me surpreendo
de casanova.
ano que vai,
vida que vem.
vem me ver, vai
olha que trem
sai daqui, sai
belém-blém-blém
nada é igual:
tudo renova
a vida pau
pra toda prova.
Ronaldo
Werneck
.
Cataguases, 1999
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Trem de Natal
tudo tem tudo trem
do ano que vai e vem
pra você: este brilho
viajor, andarilho
ano que vem e cai
agora: berço-embalo
tudo sim tudo claro
tudo que vem e vai
nada neste natal
nada nada fará
nada bem nada mal
nada ao tudo faltar
tudo improvisar
tudo novo janeiros
tudo ao deus dará
tudo de novo: ei-los
os dias sem estepe
um sambinha de breque
tudo salamaleques
do ronaldo werneck
Cataguases, 2004
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