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JOÃO RASTEIRO

SOB AS ÁRVORES

As Córneas

Toda a beleza da morte a carne

no dorso onde as palavras acariciam a mão

aspergindo sexos o amor inclinado

na casa das mulheres o malogro

dos códigos nos gânglios as pálpebras

sinalizando as águas o rosto

entre os seixos e os búzios a ameaça

na carícia dos corpos outra luz

no aço escrito o fruto despido

nas veias dos arrumadores de palavras.