POEMA ELEMENTAR
À TUA TRANSCENDÊNCIA TÃO CHEIA DA MAIS PROFUNDA DOR
ESCUTO AS SINFONIAS BRANCAS DO ABSOLUTO
UMA LÁGRIMA DE DEUS CAIU NA MINHA PRAÇA
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POEMA ELEMENTAR
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Os vermes são seres puríssimos de Deus.
Transformam a degradação do que já passou
Em terra ventilada e aérea, com o seu bailado
De singelas formas desconhecidas, pois os homens
Olham apenas o que parece visível.
Quando passarmos por um verme ou um insecto
Devemos desviar-nos, pois são sagrados.
E fazem criar e crescer sempre as flores
Do arco-íris das primaveras infinitas.
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À TUA TRANSCENDÊNCIA TÃO CHEIA DA MAIS PROFUNDA DOR
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A minha alma perturbada
Pede as Tuas lágrimas mais alvas
(Que são todas) para orvalhar
O meu rosto desfeito e em cinza
E que a Tua presença de criança pequena
Esteja sempre junto do meu ser doente
E longe das luzes que reluzem muito:
(De podridão).
Dá a tua mão perturbada
Às minhas perturbadas lágrimas,
Longe de tudo, jazendo em palavras tão frágeis
E tão efémeras, e que a Tua Luz oprimida
E cansada ilumine o meu silêncio interior
Quando oro à Tua transcendência tão cheia
Da mais profunda dor.
A minha alma perturbada
Pede as Tuas lágrimas mais alvas
(Que são todas) para orvalhar
O meu rosto desfeito e em cinza
E que a Tua presença de criança pequena
Esteja sempre junto do meu ser doente
E longe das luzes que reluzem muito:
(De podridão).
Dá a tua mão perturbada
Às minhas perturbadas lágrimas,
Longe de tudo, jazendo em palavras tão frágeis
E tão efémeras, e que a Tua Luz oprimida
E cansada ilumine o meu silêncio interior
Quando oro à Tua transcendência tão cheia
Da mais profunda dor.
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A TOMADA DO MUNDO PELAS CRIANÇAS
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A tomada do mundo pelas crianças
É o Natal da inocência e do amor,
Com a sua alegria de pequenos sóis,
Alastrando no alcatrão e no medo,
Na solidão e no deserto que nos habitam.
Erguem as crianças as canções e a beleza do invisível,
E por isso são ilhas fecundas
Na construção do branco,
No devir branco pela sua poesia infinita,
Pelo seu infinito luar do divino.
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ESCUTO AS SINFONIAS BRANCAS DO ABSOLUTO
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Escuto as sinfonias brancas do Absoluto
Por entre a alegria de Sinos da Alma,
E o meu ser de cinza parte
Numa caravela de Luz das crianças ressurrectas,
Sob um céu transcendente, para o absoluto Amor
E o seu eterno jardim de imaculados sentimentos.
Um arco-íris da mais pura alegria
E plenitude do Espírito é o ser puro de Deus.
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