Acorreram todas as crianças do mundo.
Acorreram cantando, distribuindo flores
Da primavera eterna das suas almas alvíssimas.
O dia estava escuro e as crianças elevaram os seus braços
E agarraram o Sol, e trouxeram-no para aquecer
Todos os humilhados, todos os vagabundos,
Todos os excluídos, todos os pobres no seu ser.
As crianças acorreram todas, de todos os lados,
E, cantando e fulgindo os seus rostos de arco-íris,
Fizeram nascer um mundo do espírito
À sua imagem de presenças, que, junto do indefinível,
São amadas e projectam a sua imagem
De um eterno natal branco para todos os momentos.
As crianças acorreram todas para erguer o novo tempo:
O tempo do absoluto amor entre tudo.
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