As lágrimas puríssimas das crianças
Podem fazer florir o universo e o caos,
E todos os desertos da alma e todos os
Desertos da matéria.
As lágrimas puríssimas das crianças
São sementes infinitas que podem fazer
Com que os humilhados e os marginais
(Plenos de ternura e de visão ocultadas
Pela dor) principiem a cantar, a cantar
Todas as melodias brancas da liberdade
Do Homem e de Deus, e eu vejo arco-íris infinitos
E fulgurantes erguerem-se a meio da noite, sossegando-os
E a todos os seres doentes, dando-lhes como uma hóstia secreta
Essa água de um natal de infinita beleza íntima,
Ressoando pelo Todo como um clamor de alegria
..........- Ó sol pleno e inefável pulsando um tal desmedido amor!
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