Que idéia horrenda te possui, Elmano?
Que ardente frenesi teu peito inflama?
A razão te alumie, apaga a chama,
Reprime a raiva do ciúme insano:
Esperanças consome, ou vive ufano,
Ah! Foge, ou cinge da vitória a rama:
Ama-te a bela Armia, ou te não ama ?
Seus ais são da ternura, ou são do engano ?
Se te ama, não consternem teus queixumes
Os olhos de que estás enfeitiçado,
Do puro céu de Amor benignos lumes:
Se outro n'alma de Armia anda gravado,
Que fruto hás de colher dos vãos ciúmes ?
Ser odioso, além de desgraçado.
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