ANTÓNIO CARDOSO PINTO
não diziam nada
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não diziam nada

perpetuavam-se no silêncio
de memórias antigas
densas
como se alimentassem
escondidos sinais
dum tempo inocente
correndo alegrias
para um sol mais quente

tão só assim
diziam  nada

voavam no silêncio pleno
que morava nas suas faces
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