I
Eis a Luz, o dilecto,
Que Ele é cântico e terso,
Ele é grande Arquitecto
Do nosso Universo.
Eis as Copas, o sino,
Que ela canta na ria:
Traz ao colo o Menino
A Virgem Maria.
Eis a Festa, eis a Fada.
És Amor? És almeia?
És a Cruz, a cruzada
Em cidade Ulisseia.
II
És a Flor, és a flava,
Te joeiro em giolhos:
Sei que és a Palavra
E que mondas aos molhos.
E esse Nino, com folhos,
Não são fólios, canção:
«São graças dos olhos
Do meu coração.»
Nota do Autor: nos dous últimos versos da última
quadra, a citação, reverente, de Luís de Camões, é puramente
intencional.
Queluz, 05/ 10/ 2010
COOPERATORES VERITATIS
PAULO JORGE BRITO E ABREU
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