Paulo Brito e Abreu

PARA PABLO NERUDA

à memória de Fernando Pinto Ribeiro

ao José Cunha Pinção

aos meus Amigos libertários

 

I

 

Minha casa é a espora, a flor, o grão,

«Cheval», cavalo verde ao fim da estrada.

No carisma, te dou minha canção,

Canção desesperada.

 

Se o livro é livre, e a Luna, uma veneta,

Liberdade imprimi na minha Musa.

Não chores, ó Poeta.

Operário, refusa.

 

II

 

A oração é prazer e pois me apraz;

Loucura do meu ser, como és dif’rente!!!

Na cura, vejo a Paz.

E pão pra toda a gente.

 

Vai meu canto ao encontro do ser Outro,

Minh’Alma enamorada e quase nua.

Tu galopa, meu potro.

A luta continua.

 

PAULO JORGE BRITO E ABREU