Alguém vibra junto à porta
Na alameda das olaias.
É d’Amor. Será a morta?
É do mel. E são as Maias.
Alguém vibra e alguém sente,
No meu quarto, alguém delira.
E comenta, quando mente,
E ela tange a sua Lira.
Alguém vibra junto ao Céu,
Entremez d’Amor e trigo:
É qual Sol e solidéu,
É Camões, e está comigo.
Mas por fim, alguém serena,
Verde campo, eu vejo a tal:
A pastora toca a avena
E eu canto a Pastoral.
Lisboa, 09/05/2006
AD MAJOREM DEI GLORIAM
PAULO JORGE BRITO E ABREU |