E eu ali de novo, sem saber
Lista na mão e pronto p’ra votar
Tracei a cruz no quadro anti-poder
Na vaga sensação de vomitar!
Que tão cansado vou da porcaria
De funestas promessas, desenganos
Em que se fina a democracia
Que vi nascer há mais de trinta anos…
Eu faço sem querer meu voto vário
E procuro fazer dum voto inerte
Uma diferença em luta desigual:
Mas voto consciente e ao contrário
A desejar que o meu voto acerte
Num governo que salve Portugal!
Almeir / Guimarães, 21-02-2005
PS >
Eu queria chegar a ser Europa
Mas prevalece a estranha sensação
Que se o governo vai na mesma tropa
Serei um pária mais, um sem nação!
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