E eu aqui, sarcástico
menino
Ao ver sacar assim os
teus direitos
Da forma mais cruel e
mais brutal
Por um poder atroz e tão
cretino
De quantos por aí se vão
afeitos
Ao serviço do grande
capital…
Já nem consigo ver que
nada resta
Do sentido real e
verdadeiro
Desse Natal que era a
grande Festa:
Só por isso não venho
prazenteiro
A desejar-vos um Feliz
Natal!
Já os escravos marcham
sem escolta
Até à forca vil que vai
montada
Por quem promessas fez
em sua volta
Numa fala mansinha e
descarada:
Como nos vemos todos sem
Natal
Sem Pátria, sem Nação,
sem Portugal!
A Festa vai mudada…
A.
Meireles Graça,
in su Tebaida de Creixomil.
Guimarães,
22-12-2011 |